Tecnologia

Startup de publicidade quer atingir 650 milhões de celulares

A InMobi está se associando à Samsung e a outras fabricantes de aparelhos porque busca atingir mais de 650 milhões de usuários de smartphone


	Smartphone: parceria incorporará a tecnologia ao hardware, de forma que os anúncios serão exibidos na tela principal ou de bloqueio dos aparelhos dos usuários
 (Thinkstock)

Smartphone: parceria incorporará a tecnologia ao hardware, de forma que os anúncios serão exibidos na tela principal ou de bloqueio dos aparelhos dos usuários (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 11h50.

A InMobi Pte, uma startup de publicidade móvel financiada pela SoftBank Group, está se associando à Samsung Electronics Co. e a outras fabricantes de aparelhos porque busca atingir mais de 650 milhões de usuários de smartphone.

A parceria incorporará a tecnologia ao hardware, de forma que os anúncios serão exibidos na tela principal ou de bloqueio dos aparelhos dos usuários, disse o diretor financeiro da InMobi, Manish Dugar, em entrevista.

A empresa está trabalhando com os “maiores nomes que você possa imaginar” e assinou com duas empresas de fora da Índia e quatro do país, disse Dugar, que preferiu não identificar os fornecedores.

A InMobi obtém a maior parte de sua receita com anúncios em mais de 35.000 aplicativos de smartphone, como ofertas de corridas por meio do serviço de reserva de táxis da Uber Technologies Inc. enquanto um usuário está navegando pela loja virtual da Flipkart Online Services Pvt.

A tecnologia incorporada contornará os aplicativos para chegar até as pessoas enquanto elas fazem outras coisas com o aparelho, ajudando a empresa a concorrer melhor com a Google Inc. e a Facebook Inc. na busca por receitas.

“A InMobi tem registrado um tremendo crescimento e se tornou um dos maiores nomes da publicidade móvel globalmente”, disse Neha Dharia, analista da Ovum Plc em Bangalore, por e-mail.

“Para se manter no nível de pesos pesados como Google e Facebook, eles precisam estar constantemente inovando e ampliando suas forças -- essa coisa de servir o primeiro consumidor do celular”.

O trabalho com as fabricantes também permite que a InMobi colete dados sobre a localização das pessoas e seus padrões de uso, disse Dugar. Informações obtidas por dezenas de sensores internos do aparelho ajudam a entender o humor e a atividade do usuário de um telefone.

Pacto com a Samsung

“Os dados enriquecem o meu entendimento”, disse Dugar, na entrevista de 20 de julho, em Bangalore. “Se os sensores mostram que você está olhando para o seu telefone de um ângulo reclinado, eu sei que você está relaxando e te mostro um anúncio de uma música suave de um cantor que eu sei que você gosta”.

A Samsung, que está lançando aparelhos com seu sistema operacional próprio, o Tizen, está trabalhando de perto com a InMobi, disse a empresa com sede em Suwon, na Coreia do Sul, em comentário enviado por e-mail.

“Os detalhes serão anunciados na Tizen Developer Summit, na semana que vem. Fique ligado”, disse a maior fabricante de smartphones do mundo.

Esta estratégia, juntamente com um novo produto chamado “Miip”, pensado para tornar os anúncios mais sutis, fazem parte de uma iniciativa para reformular a identidade da InMobi. Dugar disse que em vez de ser vista como uma empresa de tecnologia de publicidade, a InMobi quer ser “valorizada” como uma provedora de informações sobre consumidores individuais.

IPO nos EUA?

A InMobi foi avaliada em US$ 600 milhões em 2011 quando teve uma receita anual de US$ 25 milhões, disse Dugar, que preferiu não fornecer a avaliação atual.

A meta da empresa é conseguir uma cotação melhor quando partir para a abertura de capital, mais provavelmente nos EUA.

“Isso não acontecerá antes de pelo menos um ano e meio”, disse Dugar.

A InMobi, que obteve lucro pela primeira vez no período de três meses que terminou em dezembro, espera se tornar rentável novamente no terceiro ou no quarto trimestre deste ano, disse Dugar, sem fornecer uma projeção específica.

“A IPO da InMobi está em processo já há algum tempo”, disse Dharia, da Ovum. “Para isso, ela precisa mostrar uma posição forte em termos de receita e de outros itens financeiros. Todos os esforços se concentrarão em aumentar a receita”.

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