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Starlink é a única empresa capaz de atender nova regra do governo para internet em escolas públicas

A provedora de internet via satélite de Elon Musk que ultrapassa a velocidade de conexão média de 50 Mb/s, exigida pelo MEC

Starlink: empresa de Elon Musk que fornece internet via satélite  (Pavlo Gonchar/SOPA Images/Getty Images)

Starlink: empresa de Elon Musk que fornece internet via satélite (Pavlo Gonchar/SOPA Images/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 9 de outubro de 2023 às 15h34.

Última atualização em 11 de outubro de 2023 às 13h22.

A Starlink é a única empresa com operação no Brasil país capaz de cumprir as determinações recentes do Ministério da Educação (MEC) para fornecer conexão via satélite a 40 mil colégios situados em localidades mais distantes. O cenário de pouca concorrência se deu após as empresas se a apresentarem para compor a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, projeto ambicioso que busca conectar 138 mil escolas públicas à rede mundial de computadores.

Leia também: Starlink, serviço de internet via satélite de Elon Musk, reduz preços em 20% no Brasil

Em agosto, um mês antes da introdução do programa, o MEC revisou suas diretrizes, estabelecendo, entre outras coisas, a necessidade de uma velocidade mínima geral de 50 Mb/s e de 1 Mb/s por estudante. A antiga regra focava apenas na velocidade por aluno, abrindo portas para mais competidores no mercado.

Agora, mesmo escolas que contam com menos de 50 alunos devem garantir uma conexão de 50 Mb/s. Se, por exemplo, uma instituição tem 52 estudantes, a média de velocidade deverá ser de 52 Mb/s.

O critério de 1 Mb/s por aluno alinha-se à recomendação do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), entidade vinculada ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

A exigência mínima de 50 Mb/s pelo MEC, contudo, destaca-se por ser consideravelmente alta para padrões de conexões satelitais, que podem ter seu desempenho influenciado por fatores climáticos. De acordo com dados do portal Minha Conexão, a Starlink alcançou uma média de 73 Mb/s em junho.

Contrastando com a realidade brasileira, o Reino Unido apresenta um cenário distinto. Um programa similar ao nacional opera com média de 100 Mb/s, favorecido pelo uso predominante de internet por fibra.

A vastidão geográfica do Brasil, exemplificada pelo fato de que o estado do Amazonas poderia abrigar mais de seis territórios do tamanho do Reino Unido, reforça a relevância da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas e da conexão via satélite para atendimento em áreas remotas.

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