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SQL 2014 facilita processamento de banco de dados na memória RAM

Recurso não é exatamente novo, mas foi aprimorado para diminuir o uso de memória RAM/ diretor geral da divisão de servidor da MS, André Echeverria explica

rammemory (Mike Deal aka ZoneDancer / Flickr)

rammemory (Mike Deal aka ZoneDancer / Flickr)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 18h48.

Lançada no meio do mês de abril, a versão 2014 do SQL, da Microsoft, trouxe ao mercado alguns bons recursos, focados especialmente na área de big data. Mas a atualização não ficou limitada a essa área: uma das funcionalidades mais interessantes – tratada até como a “grande novidade” – é uma que aprimora o processamento de bancos de dados na memória RAM.

O recurso em si não é exatamente novo, sendo oferecido inclusive por empresas rivais da Microsoft. No entanto, da forma que é oferecido atualmente, é preciso armazenar o banco de dados inteiro na RAM antes de poder acelerar seu processamento, como contou a INFO André Echeverria, diretor geral da divisão de servidores e nuvem para empresas da MS. E isso pode definitivamente ser um problema – a RAM no computador pode não ser suficiente para guardar um arquivo inteiro.

Essa limitação, porém, foi extinta no SQL 2014, “de modo que é possível colocar na memória apenas as tabelas do banco de dados que de fato forem necessárias”, explicou Echeverria. Ou seja, é uma modificação bem-vinda e que pode representar uma economia significativa de RAM nos computadores. Mas como esse sistema funciona, afinal?

O processamento em memória – Para começar, “é bem diferente do cache, porque você efetivamente transfere a tabela”, afirmou o diretor da MS. Essas tabelas, aliás, ficam ligadas entre si e são os principais elementos formadores dos bancos de dados relacionais, os construídos com base em uma lógica de negócios. As informações são organizadas nessas grades da forma que as empresas preferirem, e as conexões entre as tabelas também definidas pelos administradores. Enfim, sabendo disso, vamos ao processamento em memória.

O sistema está ligado à parte transacional do banco de dados, e se mostra útil especialmente para “um determinado tipo de aplicação que exija muita consulta e escrita em uma tabela específica”, nas palavras de Echeverria. Se o banco de dados fica em disco rígido, a atividade toda de “consulta e escrita” pode “sobrecarregar o sistema e fazer com que o usuário tenha um tempo de resposta muito longo”, como explicou o executivo.

Então, para agilizar todo o processo, a tabela em questão pode ser transferida para a RAM, que foge das limitações de escrita e leitura de um HD. De forma resumida, “em vez de você escrever a tabela em um disco, você escreve na memória da máquina”. “É tão simples quanto isso”, afirmou o diretor da Microsoft, que citou que essa transferência ainda é feita pelo usuário em uma interface simplificada.

E os resultados ainda podem ser bem interessantes: na apresentação do SQL 2014, por exemplo, uma demonstradora elevou o número de transações operado por um banco de dados de 2.000 para 8.000 ao transferir uma tabela para a memória RAM. O processo foi feito em um evento de apresentação, é claro, mas a mudança nos números não deixa de ser significativa – e após um processo de otimização, o valor ainda saltou para 34.000.

De qualquer forma, a versão 2014 do SQL já está disponível para administradores de bancos de dados, que, segundo Echeverria, podem atualizar o sistema "gratuitamente" se o contrato da empresa com a Microsoft ainda estiver valendo.

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