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Spotify, o maior serviço de música do mundo, chega ao Brasil

O Spotify, serviço de música por streaming com 40 milhões de usuários em 57 países, já está disponível para os brasileiros


	Martin Lorentzon e Daniel Ek: eles fundaram o Spotify há seis anos
 (Divulgação)

Martin Lorentzon e Daniel Ek: eles fundaram o Spotify há seis anos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 14h51.

São Paulo -- Depois de meses de expectativa, o Spotify, maior serviço de música por streaming do planeta, acaba de inaugurar sua operação no Brasil. O site e os apps para Android, iOS, Windows e outras plataformas já estão disponíveis para os brasileiros.

O Spotify tem um acervo de 30 milhões de músicas, incluindo muitas de artistas brasileiros. Há duas modalidades de serviço nele.

A conte gratuita permite escolher álbuns, artistas e estilos, mas não músicas específicas. Nela, as faixas são tocadas em ordem aleatória e há anúncios intercalados, como acontece nas emissoras de rádio.

O serviço estreia com cinco anunciantes: Heineken, Fiat, LG, Nívea e Unilever (marcas Axe e Cornetto).

Com uma assinatura Premium, que custa 5,99 dólares por mês, torna-se possível ouvir faixas específicas, sem anúncios. O usuário também passa a poder armazenar as músicas no smartphone ou tablet. Assim, pode ouvi-las mesmo sem acesso à internet. 

Por enquanto, a contratação de uma conta Premium exige um cartão de crédito internacional. “Em breve, vamos aceitar diversas formas de pagamento e o preço será 14,90 reais”, diz Gustavo Diament, diretor geral do Spotify na América Latina.

Nos aspectos técnicos, o Spotify é similar a concorrentes como Deezer e Rdio, já presentes no Brasil. Mas seu marketing poderoso acabou tornando a marca Spotify muito mais conhecida que a dos rivais. Virou quase sinônimo de streaming de música. 

O lançamento no Brasil aconteceu hoje em São Paulo. Teve a presença dos artistas Fernanda Takai, Marcelo Jeneci e Gabi Amarantos. Gilberto Gil não estava lá, mas  gravou um vídeo com seu depoimento.

Os quatro artistas disseram estar entusiasmados com a novidade, que eles veem como alternativa à pirataria. 

“Me anima o que esse modelo de negócios pode fazer pelo artista e por toda a indústria da música. Os fãs vão poder usar um serviço legal, com a certeza de que os artistas serão remunerados”, diz Gil.

Fernanda Takai diz gostar dos recursos de rede social: “Acho muito bom poder seguir outros artistas e ver o que eles estão ouvindo. As pessoas perguntam que músicas eu ouço. E eu também quero saber o que ouve o Gilberto Gil ou o Rufus Wainwright”.

O Spotify vinha operando há alguns meses, no Brasil, em fase experimental. Estava aberto somente a convidados. “Nesse período, sem nenhuma divulgação, 400 mil pessoas se inscreveram no site para obter convite”, afirma Gustavo Diament.

O Spotify foi fundado há seis anos na Suécia por Martin Lorentzon e Daniel Ek, o atual CEO. Neste mês, a empresa divulgou que atingiu a marca de 40 milhões de usuários ativos, sendo 10 milhões pagantes.

Na América Latina, o serviço já estava disponível em 17 países desde o ano passado. No mundo todo, contando o Brasil, são 57 países.

Diament diz acreditar que o Spotify vai se massificar no Brasil com o tempo, como já aconteceu em vários países da Europa. “Na Suécia, ele já representa 70% dos negócios com música. No Reino Unido, é quase um terço das vendas”, afirma. 

“Aqui, vai se expandir à medida que os smartphones fiquem mais acessíveis e as redes celulares evoluam”, completa.

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