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Foguete dá ré? SpaceX realiza primeira manobra de retorno com Starship; veja vídeo

No quinto voo teste, a empresa de Elon Musk conseguiu pousar o foguete de volta na torre de lançamento, e não nos oceanos

Elon Musk é CEO da SpaceX, empresa aeroespacial que tenta criar o primeiro sistema de lançamento reutilizável (JIM WATSON/AFP/AFP)

Elon Musk é CEO da SpaceX, empresa aeroespacial que tenta criar o primeiro sistema de lançamento reutilizável (JIM WATSON/AFP/AFP)

Publicado em 13 de outubro de 2024 às 09h57.

Última atualização em 14 de outubro de 2024 às 09h54.

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A SpaceX está prestes a provar definitivamente que foguete pode, sim, dar ré — no bom sentido. A empresa aeroespacial de Elon Musk concluiu com sucesso o quinto voo de teste do foguete Starship neste domingo, 13. A missão decolou às 9h25 (horário de Brasília) do complexo Starbase, próximo a Brownsville, Texas.

O Starship de Elon Musk tem como essência ser um sistema de lançamento reutilizável, ou seja, o foguete precisa voltar à Terra e pousar novamente na torre de lançamento para ser considerado um teste de sucesso. Tal tecnologia é essencial para reduzir os custos de viagens espaciais e expandir missões para Marte.

A ideia é que, no futuro, o Starship transporte cargas e astronautas, além de ser a tecnologia escolhida para o programa Artemis, da Nasa, que levará humanos à Lua. A SpaceX planeja realizar centenas de missões com o sistema Starship antes de transportar tripulações.

Como foi o lançamento do quinto voo?

O objetivo principal do teste de lançamento era garantir o retorno e a captura do primeiro estágio, o Super Heavy Booster. O propulsor se separou da Starship e conseguiu voltar para a torre de lançamento com sucesso. No vídeo abaixo, é possível ver que o objeto enche de chamas por um momento, mas "dá ré" até pousar definitivamente.

A Starship, por sua vez, completou a trajetória prevista, orbitando parte do planeta e retornando para um pouso seguro. Essa operação validou uma série de melhorias e aperfeiçoamentos após testes anteriores.

Durante o voo de teste anterior, realizado em junho de 2024, a SpaceX conseguiu trazer o propulsor para um pouso controlado no Golfo do México e pousar diretamente no Oceano Índico. A quinta tentativa, no entanto, foi especialmente desafiadora devido à inclusão da captura automatizada — algo que nunca havia sido tentado antes.

O lançamento foi autorizado no sábado, 12, pela Administração Federal de Aviação (FAA), depois de uma análise regulatória mais rápida do que o esperado. A SpaceX havia criticado anteriormente o que chamou de “excesso de análises ambientais”, que atrasaram o cronograma inicial. A empresa também teve que pagar multas por descargas não autorizadas de água em seu complexo no Texas.

Além de atender às demandas regulatórias, a SpaceX destacou o esforço envolvido na captura do propulsor. Segundo a empresa, a infraestrutura da torre exigiu dezenas de milhares de horas de preparação e testes. “Somente tentamos a captura se as condições forem ideais”, ressaltou a empresa em comunicado, explicando que qualquer desvio resultaria em um pouso diretamente nas águas do Golfo do México.

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