Howard Stringer pediu desculpas aos clientes dos serviços online e assegurou que a companhia habilitará o seguro (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2011 às 06h10.
Tóquio - A japonesa Sony ofereceu aos seus usuários americanos nesta sexta-feira um seguro de cobertura de até US$ 1 milhão por cliente, caso o roubo de informações sofrido em suas redes de jogos gere perdas econômicas.
A companhia sofreu, entre 16 e 19 de abril, invasões de hackers nas redes de download e jogo online PlayStation Network (PSN), Qriocity e Sony Online Entertaiment (SOE) que afetaram 100 milhões de contas.
O presidente da Sony Corporation, Howard Stringer, pediu desculpas aos clientes destes serviços online nesta sexta-feira e assegurou que a companhia habilitará um seguro de até US$ 1 milhão que cobrirá os prejuízos econômicos e despesas legais de seus clientes nos Estados Unidos se forem vítimas de um roubo de identidade.
Stringer explicou, no site da Sony, que por enquanto "não há evidências confirmadas de que tenham sido utilizados indevidamente dados de cartões de crédito e informações pessoais" das contas das plataformas da Sony afetadas.
Apesar de a cobertura anunciada se restringir aos usuários americanos, os piratas virtuais tiveram acesso a informações pessoais de 100 milhões de usuários da Sony em todo o mundo, como direções postais e de e-mail.
A companhia acredita que nenhum dos ataques conseguiu chegar às senhas de cartões de crédito, embora não descarte que os hackers tenham roubado outros dados bancários, como números de cartões, datas de validade ou registros de débito, de cerca de 23.400 clientes.
Stringer reconheceu que é "justo" pensar que a companhia demorou a notificar o ataque virtual aos usuários, já que o alcance da falha de segurança da Sony não foi divulgado até 26 de abril, levando mais seis dias para se informar que o sistema da SOE também tinha sido afetado.
As três plataformas online foram desativadas, mas a Sony espera retomar em breve as atividades dos serviços PSN e Qriocity.
Stringer lembrou que a empresa está dedicando recursos para investigar a origem do ataque virtual e solucionar as falhas de segurança.