Tecnologia

Sony aposta na diversificação de plataformas para jogos

PlayStation Suite será uma plataforma da empresa para habilitar jogos em celulares em tablets, sem ter um foco específico

Além de projeto para tablets e smartphones, a empresa lançou o portátil PS Vita na E3, evento em Los Angeles (David McNew / Getty Images)

Além de projeto para tablets e smartphones, a empresa lançou o portátil PS Vita na E3, evento em Los Angeles (David McNew / Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 06h18.

Los Angeles - O projeto PlayStation Suite, uma plataforma da Sony para habilitar os games da companhia em celulares e tablets, reflete a estratégia da empresa japonesa, que "não quer se especializar em uma única área de jogos", disse nesta quarta-feira à Agência Efe o presidente da Sony Europa, Andy House.

Segundo ele, a Sony não está alheia ao crescimento do mercado de videogames entre os usuários casuais graças a dispositivos móveis e conectados. "Há uma crescente demanda de jogos para dispositivos Android", acrescentou.

House afirmou que a multinacional japonesa está elaborando este serviço, ainda sem data prevista de lançamento, "para aproveitar a oportunidade de melhorar a experiência de jogo dos consumidores e as perspectivas de negócios dos desenvolvedores".

Impulsionada pelo argumento de que "a inovação vem de jogos em todo tipo de plataformas", a Sony conseguiria com o PS Suite "captar um mercado de jogadores dos dois lados do espectro", desde os usuários "hardcore" de PSP até os jogadores casuais de celulares e tablets, explicou o presidente da divisão europeia da empresa.

Ele também comentou os problemas de segurança que afetaram a companhia nos últimos meses e que forçaram o fechamento temporário da plataforma online PlayStation Network, após o incidente que ele classificou como "um contínuo ataque criminoso".

House reconheceu que, embora a Sony já tenha tomado atitudes, ainda resta "um longo caminho" para recuperar a confiança dos consumidores após os ataques hackers que invadiram dados pessoais dos usuários da PSN. No entanto, ele garante que a empresa está trabalhando para oferecer aos jogadores "não só uma experiência online atrativa e entretida, mas também segura".

Neste sentido, ele lembrou que uma das razões pelas quais o serviço de PSN demorou mais tempo que o esperado para voltar a estar ativo após o fechamento foi porque a Sony queria estar "completamente segura de que, quando a plataforma fosse reaberta, estivesse suficientemente segura para evitar novas interrupções do serviço".

Na feira tecnológica Electronic Entertainment Expo (E3), que acontece nestes dias em Los Angeles, a Sony está conseguindo transferir a atenção de seus problemas de segurança para suas novidades em games, com jogos para PS3 como "Uncharted 3" e seu console portátil PlayStation Vita.

Sobre a nova proposta de hardware da companhia, House destacou seu preço "muito competitivo" e sua grande conectividade, características que "podem fazer com que o console chegue a um público mais amplo".

Em relação à conectividade do dispositivo, o executivo-chefe da Sony Computer Entertainment para o sul da Europa, James Armstrong, explicou à Agência Efe por que a Sony decidiu que este console, que tem conexão Wifi ou 3G (conforme o modelo), não fosse utilizado também como telefone.

"Incorporar todas as coisas em um mesmo aparelho é difícil. Eu sempre vou ter meu telefone, simples, e depois o console. Quando analisamos a introdução de um telefone, decidimos que queríamos dar uma experiência às pessoas que jogam games tradicionais, por isso não era compatível", argumentou Armstrong.

Na versão Wi-Fi o produto vai custar US$ 249. Para o modelo Wi-Fi/3G, o preço sobe a US$ 299.

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