NSA (Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.
Washington - Sob crescente pressão para justificar programas de vigilância eletrônica que às vezes capturam comunicações de cidadãos norte-americanos, a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA se defendeu nesta sexta-feira, insistindo que suas atividades são lícitas e que erros não são intencionais.
Em um sinal de quanto a situação foi inflamada desde que o ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden passou a divulgar detalhes dos programas de vigilância dos EUA, a agência de inteligência ultra-secreta realizou uma rara teleconferência com repórteres para rebater a percepção pública de que as transgressões da NSA são violações intencionais de regras contra espionagem.
A apresentação da NSA foi uma tentativa de acalmar a mais recente crise sobre documentos divulgados por Snowden. O jornal The Washington Post informou na quinta-feira que a NSA tinha quebrado as regras de privacidade ou extrapolou suas atribuições legais milhares de vezes a cada ano desde 2008, citando uma auditoria interna e outros documentos secretos.
"Estas não são violações intencionais, não são maliciosas, estas não são pessoas que tentam quebrar a lei", disse John DeLong, diretor da NSA, a repórteres.
Funcionários da NSA sabem que suas ações são registradas, e a cultura da agência é relatar quaisquer erros, afirmou ele, salientando repetidamente que "ninguém na NSA acha que um erro é OK".
Snowden, que recebeu asilo temporário na Rússia este mês, deu informações sobre os programas secretos da NSA que coletam telefone, e-mail e outros meios de comunicação a vários órgãos de comunicação, que publicaram histórias sobre eles a partir de junho.
Essas revelações provocaram um intenso debate sobre os direitos de privacidade versus a segurança nacional nos Estados Unidos e em vários outros países, incluindo Grã-Bretanha, Alemanha e Brasil.
A polêmica levou a uma série de raros comentários públicos por funcionários da NSA normalmente avessos à publicidade, que escreveram artigos de opinião nos meios de comunicação e disseram repetidamente que a transparência foi um desenvolvimento positivo.
"Estamos trabalhando na divulgação de mais documentos em breve", afirmou DeLong, sem dar detalhes.