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Só 3 das 74 principais cidades chinesas tem qualidade do ar mínima

Apenas Haikou, a capital da ilha sulina de Hainan, Lhasa na região autônoma do Tibete e Zhoushan, na província oriental de Zhejiang cumpriram os requisitos

china (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2014 às 09h20.

Só três das 74 principais cidades da China cumpriram o padrão nacional de qualidade do ar em 2013, revelou neste domingo o vice-ministro de proteção do meio ambiente, Wu Xiaoqing.

Apenas Haikou, a capital da ilha sulina de Hainan, conhecida no país por ser pouco desenvolvida, Lhasa na região autônoma do Tibete e Zhoushan, na província oriental de Zhejiang cumpriram os requisitos que medem a boa qualidade do ar, explicou Wu em entrevista coletiva. "Estamos pagando um preço muito alto pelo crescimento econômico", denunciou Wu em Pequim.

O vice-ministro detalhou que a pior região do país é no norte, formada pela capital Pequim, Tianjin e a província de Hebei, que sofreram com a poluição em 60% dos dias do ano passado.

A taxa anual do nível das partículas poluentes PM 2,5 - as menores e mais prejudiciais à saúde, porque penetram diretamente nos pulmões - alcançou os 106 metros cúbicos na região em 2013, 10 vezes acima do limite considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

É nesta região que estão as dez cidades mais poluídas de toda China, segundo o estudo. Outras regiões urbanizadas, como as levantadas em torno do delta do rio Yangse, também registraram "problemas de poluição crônicos".

"Nossas medidas para reduzir a poluição do ar e da água podem frear um pouco o crescimento de nosso Produto Interno Bruto, mas é o que temos que fazer", destacou o vice-ministro de proteção de meio ambiente.

Wu indicou que a atual revisão da Lei de Proteção Meio Ambiental, que está sendo debatida, procura aumentar as multas pelos poluentes para forçar as fábricas a estabelecerem mais limites, apesar do processo de revisão já estar sendo discutido há mais de um ano, devido a oposição de alguns grupos de interesse, indicaram analistas ao jornal "South China Morning Post".

O presidente da Assembleia Nacional Popular, Zhang Dejiang, exigiu hoje que a legislação seja reforçada para combater o grave problema da poluição nas reuniões que acontecem durante sua sessão anual.

Em um dia como o de hoje, em que Pequim amanheceu de novo envolvida em uma neblina acinzentada, o presidente da ANP garantiu que trabalhará para revisar a legislação atual para melhorar a proteção do meio ambiente.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, declarou há poucos dias "guerra à poluição" durante seu discurso de abertura da sessão anual da ANP, e foi criticado por alguns analistas que consideram que a administração "dá sinais contraditórios".

Enquanto Li afirmou que lutarão de maneira séria contra a poluição, Pequim "mantém uma elevada meta de crescimento econômico, 7,5%, o que torna difícil o progresso das tarefas de limpeza", destacou o analista Wang Yi ao jornal.

"O governo deveria aumentar os recursos para reduzir a poluição, mas o atual orçamento para a proteção meio ambiental, anunciado na abertura da ANP na quarta-feira, caiu para perto de 10%", detalhou.

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