Tecnologia

Snowden quer voltar aos EUA, mas só se houver garantia de 'julgamento justo'

'Ele deseja voltar e faremos todo o possível para conseguir', disse o advogado russo em entrevista coletiva

Edward Snowden

Edward Snowden

DR

Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 06h13.

O ex-analista da Agência de Segurança Nacional americano Edward Snowden, refugiado há quase dois anos em Moscou, quer voltar a seu país, mas só se lhe garantirem um julgamento justo, disse nesta terça-feira seu advogado russo, Anatoli Kucherena.

"Ele deseja voltar e faremos todo o possível para conseguir", disse o advogado russo em entrevista coletiva, na qual precisou que o analista informático que denunciou uma trama de espionagem das comunicações por parte de EUA quer ter um julgamento justo, segundo a agência "Interfax".

Por enquanto, segundo Kucherena, a única promessa feita pelo procurador-geral dos Estados Unidos é que, caso ele volte e seja submetido a um julgamento, Snowden não seria condenado à pena capital.

Desde que chegou em 23 de junho de 2013 fugindo da Justiça dos Estados Unidos, Snowden, de 31 anos, vive em algum lugar não determinado da Rússia graças a um asilo temporário que foi concedido pelas autoridades deste país.

Seu advogado explicou hoje que, embora "viva como um homem livre", deve ocultar os detalhes de sua vida por motivos de segurança.

"Certamente que cumpre com medidas de segurança. Mas também viaja, vai as lojas, aos museus, aos teatros. É um homem livre", afirmou Kucherena.

Snowden, reclamado por espionagem nos EUA, recebeu em julho de 2014 a permissão de residência por um prazo de três anos, por isso que poderá viver na Rússia até 1 de agosto de 2017.

Acompanhe tudo sobre:Edward SnowdenEstados Unidos (EUA)INFOPaíses ricos

Mais de Tecnologia

Intel descarta venda de participação na Mobileye e ações da empresa disparam

YouTube expande anúncios em vídeos pausados para todos os anunciantes

Kremlin volta a usar YouTube, enquanto restringe o acesso de russos à plataforma

Netflix atinge 94 bilhões de horas assistidas no primeiro semestre de 2024, afirma CEO