snowden (©afp.com / Philippe Lopez)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
Bangcoc - O ex-técnico da CIA, Edward Snowden, comparou seu litígio com os Estados Unidos com o caso do soldado Bradley Manning, acusado de vazar milhares de documentos secretos para o Wikileaks, afirmou nesta segunda-feira o chanceler do Equador, Ricardo Patiño.
Patiño, que particiou de uma videoconferência em Hanói, no Vietnã, onde se encontra em visita oficial, leu uma carta enviada por Snowden pedindo asilo ao presidente equatoriano, Rafael Correa.
Em seu texto, Snowden diz que corre risco de perseguição política nos Estados Unidos como resultado de suas opiniões e o exercício de seu direito de liberdade de expressão.
O chanceler afirmou que não pode dizer onde se encontra o ex-técnico da CIA, acusado de espionagem nos Estados Unidos, e para onde ele se dirige. "É uma informação que não podemos fornecer neste momento", disse Patiño.
O ex-técnico da CIA e da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA viajou no fim de semana passado de Hong Kong para Moscou, ajudado pelo Wikileaks, para evitar a extradição solicitada pelos Estados Unidos.
Uma fonte anônima citada pela imprensa russa revelou que Snowden viajaria hoje para Cuba. No entanto, segundo a fontes do serviço de segurança russo citada pela agência "Interfax", o americano não estava a bordo do avião que saiu de Moscou.
O chefe da diplomacia equatoriana disse que será levado em consideração os argumentos do governo dos Estados Unidos e que seu governo adotará uma "decisão no momento oportuno".
O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou hoje na Índia, onde está em visita, que espera que os países latino-americanos e a Rússia cumpram a lei e extraditem Snowden. Além disso, advertiu para possíveis consequências que as autoridades de Hong Kong poderão sofrer.
Em 9 de junho, Snowden revelou ao jornal britânico "The Guardian" e ao americano "The Washington Post" que a NSA e o FBI têm acesso a milhões de registros telefônicos amparados na Lei Patriota, aprovada após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
Posteriormente, os jornais revelaram um programa secreto conhecido como PRISM, que permite à NSA ingressar diretamente nos servidores de nove das maiores empresas de internet americanas, como Google, Facebook, Microsoft e Apple, para espionar contatos no exterior de suspeitos de terrorismo.