Smartphones: é difícil escolher um novo celular sem mergulhar num mar de especificações (LDProd/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de novembro de 2017 às 15h36.
Última atualização em 23 de novembro de 2017 às 15h49.
São Paulo - Processador de quatro ou oito núcleos? Memória RAM maior? O que é um megapixel mesmo? E que diferença ele faz para a câmera ser melhor? É difícil escolher um novo celular sem mergulhar num mar de especificações.
Para ajudar os consumidores a fazer a escolha certa, o jornal "O Estado de S. Paulo" preparou um guia com os melhores modelos de smartphones em quatro categorias: abaixo de R$ 1 mil; de R$ 1 mil a R$ 2 mil; de R$ 2 mil a R$ 3 mil; e acima de R$ 3 mil.
As faixas de preço seguem a média do mercado nos últimos tempos, mas a Black Friday pode ajudar o brasileiro a achar uma opção mais acessível.
Por mais um ano, o smartphone segue sendo um dos produtos mais desejados na Black Friday. Segundo a consultoria Ebit, especializada em comércio eletrônico, 23% dos brasileiros pretendem gastar seu dinheiro com um celular durante a data.
"Como as pessoas trocam de celular a cada 18 meses, é uma categoria que está sempre em alta", avalia Pedro Guasti, presidente da Ebit.
"A Black Friday também antecipa as vendas para o Natal." De acordo com dados da consultoria IDC Brasil, 58% dos consumidores pretendem pagar mais de R$ 1 mil pelo seu próximo celular.
"O preço segue sendo importante, mas hoje o brasileiro olha características como processamento e memória RAM, pois quer um aparelho que não trava", diz Leonardo Munin, da IDC.
As vendas previstas para Black Friday e Natal devem ajudar o segmento a fechar 2017 com um resultado melhor que o do ano passado, com 48,2 milhões de celulares inteligentes vendidos - 10% mais que em 2016.
Confira a seleção de smartphones feita pelo Link em quatro categorias de preços para as compras de fim de ano:
O ano passado foi difícil para a Samsung, e especialmente para a linha Galaxy Note, com o fiasco do Note 7 e sua bateria explosiva.
Este ano, porém, a situação mudou: com o Galaxy Note 8, a Samsung encontra a redenção.Por dentro, ele é quase igual ao Galaxy S8, lançado no início do ano, especialmente no processador e no armazenamento.
Por fora, o design também lembra bastante o irmão mais velho, mas com um visual mais retangular, no lugar das curvas do S8.
As diferenças para o outro modelo premium da Samsung são a adoção da câmera dupla, que permite fotos e retratos muito interessantes, mais memória RAM (6 GB em vez de 4 GB) e o recurso exclusivo do Note 8: a caneta S Pen.
Escondida no corpo do aparelho, ela ativa diversos recursos ao ser removida do seu espaço. Unida à tela de 6,3 polegadas, a S Pen transforma o Note 8 em um ótimo aparelho para tomar notas, desenhar e até mesmo colorir em momentos de tédio.
Com uma câmera muito boa, desempenho veloz e a caneta S Pen como diferencial, o Samsung Galaxy Note 8 é hoje um dos melhores smartphones com Android disponíveis no mercado brasileiro.
Ficha técnica
Tela: 6,3 polegadas
Chip: 2 GHz (8 núcleos)
Memória: 6 GB de RAM
Armazenamento: 64 GB/256 GB
Câmera: 12 MP (traseira)/8 MP (frontal)
Bateria: 3300 mAh
Preço: R$ 4,4 mil
Se não gostou, tente: iPhone 8 ou Xperia XZ Premium.
Lançado no início de 2017 como smartphone premium da LG, o LG G6 chegou ao mercado brasileiro em abril por R$ 4 mil.
Porém, a competição por aqui fez o preço do aparelho cair quase pela metade - o que justifica sua escolha na categoria entre R$ 2 mil e R$ 3 mil.
Após o fracasso do G5, que apostava em módulos, a LG resolveu ser menos ousada para seguir em frente - e conseguiu fazer um belo aparelho.
Apesar da tela de 5,7 polegadas, o G6 não é um monstrengo nas mãos, graças à sua espessura fina e ao bom aproveitamento da parte frontal do aparelho, quase sem bordas laterais.
O acabamento em metal e vidro dá uma cara bacana ao smartphone, que pode ser muito bem ostentado na mesa do bar.Quanto ao desempenho, o LG G6 se sai muito bem, com bom processador e 4 GB de memória.
As câmeras não fazem feio, e graças à lente dupla na traseira, permitem belas fotos de paisagens e bons retratos. Apesar de estar localizado na parte de trás do aparelho, o sensor de impressão digital tem uso confortável.
O grande ponto fraco do celular, porém, está no armazenamento: com apenas 32 GB, ele fica abaixo de rivais no mesmo patamar de preço. Nada, porém, que não se resolva com um cartão de memória.
Ficha técnica
Tela: 5,7 polegadas
Chip: 2,4 GHz (4 núcleos)
Memória: 4 GB de RAM
Armazenamento: 32 GB
Câmera: 13 MP (traseira)/5 MP (frontal)
Bateria: 3300 mAh
Preço: R$ 2,3 mil (em média)
Se não gostou, tente: Moto Z2 Force, Zenfone 4.
Lançado em junho deste ano no Brasil, o Moto Z2 Play é a versão mais simples da segunda geração da família Moto Z, que trouxe em 2016 bom custo-benefício para a linha dos intermediários premium.
Este ano, o aparelho tem mais armazenamento, memória e uma câmera melhor, mas uma bateria de capacidade menor - o que pode ser um problema para alguns usuários.
Seu principal diferencial são os módulos, que podem adicionar ao Moto Z2 Play mais bateria, uma câmera com mais recursos ou novas funções, como projetor ou caixa de som de alta qualidade.
É um fator decisivo, que pode ajudar na escolha da compra, ainda que os módulos precisem ser comprados separadamente.
No design, o Moto Z2 Play se destaca pela espessura (apenas 5,9 mm) e pela leveza (145 g), além de trazer um leitor de impressões digitais na parte frontal.
O desempenho do aparelho também é bom, especialmente por conta do processador de oito núcleos, capaz de rodar vários aplicativos simultaneamente.
Já a câmera segue o padrão recente da empresa: funciona muito bem de dia, mas poderia ser melhor à noite. Outro ponto forte do aparelho é o seu sistema Android, que ganhou pequenas modificações, mas ainda é um dos mais "puros" do mercado.
Ficha técnica
Tela: 5,5 polegadas
Chip: 2,2 GHz (8 núcleos)
Memória: 4 GB de RAM
Armazenamento: 64 GB
Câmera: 12 MP (traseira)/5 MP (frontal)
Bateria: 3000 mAh
Preço: R$ 1,6 mil (em média)
Se não gostou, tente: Galaxy A5 (2017), LG Q6.
Nos últimos anos, várias fabricantes de smartphones têm ido além da categoria premium e investido forte em alternativas com bons recursos e preço acessível.
É o caso do Galaxy J7 Prime, que pode ser encontrado por preços abaixo de R$ 1 mil no varejo nacional.
O Samsung Galaxy J7 Prime é um aparelho que cumpre o que promete: tem um bom preço, bastante espaço para armazenar dados e ainda permite usar dois chips de operadoras.
Com processador de 1,6 GHz e memória RAM de 3 GB, é capaz de rodar vários aplicativos sem travar o aparelho - mas não espere rodar jogos com boa performance como em um Galaxy S8, por exemplo, que tem um hardware bem mais avançado.
O design, bonito e elegante, e o leitor de impressões digitais, bastante útil, são dois diferenciais. A câmera traseira, por sua vez, é apenas razoável: tira boas fotos de dia, mas tem foco lento.
De noite, o resultado não é dos melhores.Já a câmera frontal, com 8 megapixels, tira boas selfies, bem ao gosto do brasileiro.
A bateria de 3300 mAh mostra evolução na categoria, mas ainda deixa um pouco a desejar, não sendo capaz de durar o dia inteiro.
No fim das contas, é um celular bom para quem não pode gastar muito.
Ficha técnica
Tela: 5,5 polegadas
Chip: 1,6 GHz (8 núcleos)
Memória: 3 GB de RAM
Armazenamento: 32 GB
Câmera: 13 MP (traseira)/8MP (frontal)
Bateria: 3300 mAh
Preço: R$ 950 (em média)
Se não gostou, tente: Moto G5 ou Quantum Go 2.