SOS: botão físico faz parte de uma campanha publicitária da marca (Skol/Divulgação)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 19 de julho de 2019 às 20h52.
São Paulo – Cada vez mais empresas brasileiras estão apostando nos avanços da Internet das Coisas para intensificarem seus negócios. Principalmente no setor varejista. Um exemplo recente veio com a marca de cervejas Skol. Em parceria com duas empresas brasileiras, a marca cervejeira quer usar a tecnologia a seu favor.
Chamada de SOS Skol, a campanha, criada em parceria com o aplicativo Zé Delivery e a empresa Pontomobi, se baseia em um botão físico que, ao ser pressionado realiza um pedido para que o serviço de delivery realize a entrega da bebida na casa do cliente. A novidade estará disponível para os usuários do aplicativo que mais solicitam a entrega da bebida em seus pedidos.
Feito de forma automática, o processo acaba com a necessidade de usar um aplicativo, por exemplo. É uma ideia interessante, mas que vale mais para fins publicitários – como parece ser o caso – do que para o uso no dia a dia.
Em 2015, a Amazon criou um dispositivo semelhante. Chamado de Dash e com tamanho próximo de um pendrive, a bugiganga permitia aos consumidores solicitarem a compra e a entrega de alguns produtos de alimentação e de higiene pessoal em suas residências, como café ou pasta de dente.
O projeto da Amazon foi encerrado em março deste ano pela varejista americana. A justificativa? Um smartphone era mais do que o suficiente para atender bem aos seus clientes, na avaliação da empresa.
De acordo com dados do BNDES, aplicativos e soluções baseadas na tecnologia têm estimativa de movimentar 132 bilhões de dólares na economia brasileira em 2025.
Um outro estudo, produzido pela consultoria britânica Juniper Research, afirma que as receitas geradas por plataformas de varejo com a tecnologia devem superar 4,3 bilhões de dólares até 2023. Em 2018, a cifra movimentava no segmento foi de 890 milhões de dólares.
Para as empresas, o investimento é uma oportunidade de alavancar os negócios. No ano passado, um estudo realizado pela Marsh apontou que 65% das empresas enxergavam na Internet das Coisas a oportunidade de crescerem se negócios em um período entre três até cinco anos.