Sistema indica, no mapa, a região em estado de atenção, para que a Defesa Civil municipal faça a averiguação no local
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.
São Paulo - Uma iniciativa do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pode ajudar as autoridades a monitorar áreas de risco de deslizamento de terra. Trata-se de um sistema on-line que cruza dados como o índice acumulado de chuvas e as diferentes condições geológicas de cada município. Quando os valores indicam possibilidade de desastre, um ícone indica, no mapa, a região em estado de atenção, para que a Defesa Civil municipal faça a averiguação no local.
Por enquanto, o serviço está disponível para 22 municípios do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira, no estado de São Paulo, mas a equipe responsável pelo desenvolvimento do aplicativo está aberta à parceria com órgãos de Defesa Civil de outras regiões. "O principal usuário do sistema é a Defesa Civil, que a partir das informações disponíveis, pode decidir se há necessidade de retirar os moradores de determinada área ou não", explica o engenheiro do Inpe Flávio de Carvalho Magina, responsável pela implantação do portal.
A atualização dos dados é feita diariamente por meio da leitura manual de pluviômetros, instrumentos instalados em cada cidade, que medem a quantidade de chuva que caiu em determinado período. "Para cada região, há uma condição diferente que indica o estado de atenção. No litoral, por exemplo, sabemos que se houver acima de 120 milímetros de precipitação acumulada em 72 horas, há possibilidade de deslizamento de encostas", diz.
Ele ressalta que a novidade do sistema é trazer informações importantes para evitar tragédias em casos de deslizamento. Mas o CPTEC ainda fornece links que dão acesso a outras informações, como previsão do tempo e bancos de dados com informações sobre dados históricos.
Segundo Magina, o monitoramento de chuvas nas regiões do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira será feito até o dia 30 de abril, quando termina o período de maior concentração de chuvas. "Depois disso, lançaremos um sistema que acompanha o ritmo de queimadas, mais frequentes nos próximos meses", diz.
É possível consultar, por exemplo, imagens meteorológicas de satélites, dados de radares meteorológicos, localização de raios, queimadas, previsão numérica de tempo, boletins sinóticos de previsão de tempo, meteogramas e dados hidrológicos da bacia do Paraíba do Sul.
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