Tecnologia

Sistema alerta piloto sobre riscos no céu

AVOID detecta ameaças em pleno voo, como nuvens de cinzas vulcânicas, e repassa informações para pilotos e torre de controle

AVOID funciona como espécie de radar para detectar cinzas expelidas por vulcões (Jeff J Mitchell/Getty Images)

AVOID funciona como espécie de radar para detectar cinzas expelidas por vulcões (Jeff J Mitchell/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 07h00.

São Paulo - A companhia aérea de baixo custo EasyJet vai equipar sua frota com uma tecnologia experimental que, se bem sucedida, pode reduzir os atrasos e cancelamentos de voos. Pelo menos no que diz respeito a interrupções de tráfego causadas por nuvens de cinza gigantes, expelidas por erupções vulcânicas.

Pertinentemente chamado de AVOID (que em português significa “evitar”) o mecanismo é uma espécie de radar para cinzas. A tecnologia foi desenvolvida pelo cientista norueguês Fred Prata, sob a chancela do Instituto Norueguês de Pesquisa Aérea (NILI, em inglês), em conjunto com o engenheiro Adam Durant, da Nicarnica Aviation.

O sistema usa uma câmera de luz infravermelha que vai detectar a presença de nuvens de cinza em até 100 km de distância e 15 km de altitude. Em seguida, o AVOID envia os dados em tempo real para a cabine da tripulação e base de controle, permitindo que a equipe tenha informações sólidas acerca do tamanho e espessura da massa de cinza. Assim, a aeronave tem a chance de encontrar rotas alternativas de voo.

No mês passado, a dupla de cientistas comprovou a eficácia do sistema na Itália. Com um pequeno avião com o AVOID acoplado na asa, eles sobrevoaram o vulcão Etna, na região da Sicília. O resultado, segundo informações divulgadas pelo NILU, correspondeu às expectativas da equipe. Agora, resta aguardar para ver se o uso do aparelho em aeronaves de maior porte também será bem sucedido.

Se a resposta for mais uma vez positiva, o uso do sensor pode minimizar frequentes caos aéreos que acontecem quando nuvens de cinza se alastram pelo mundo, como no caso da erupção do islandês Eyjafjallajökull. Em 2010, as cinzas expelidas pelo vulcão paralisaram por completo o espaço aéreo europeu e, por consequência, o tráfego de aeronaves em todo o planeta.

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