Tecnologia

Síria libera acesso a Facebook e YouTube pela 1ª vez em 3 anos

Cerca de 240 páginas da web que estavam bloqueadas foram abertas nesta quinta-feira

Assad, presidente da Síria: liberação acontece em meio a protestos no mundo árabe (Getty Images)

Assad, presidente da Síria: liberação acontece em meio a protestos no mundo árabe (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2011 às 09h22.

Damasco - Os internautas sírios tiveram nesta quinta-feira acesso liberado a sites como Facebook e YouTube, censurados há três anos, depois do fracasso dos protestos convocados na internet para um "Dia da Ira" sírio.

Os usuários de internet receberam a notícia da mudança com alegria, que desde quarta-feira liberou o acesso direto a cerca de 240 páginas web que estavam bloqueadas e que só podiam ser acessadas através de servidores no exterior.

O empresário sírio no setor das novas tecnologias Abdulsalam Haykal avaliou positivamente a mudança e afirmou que a decisão do Governo sírio é um gesto de confiança a juventude do país.

"O poder das redes sociais é uma ferramenta importante para aumentar a participação, sobretudo para os jovens", assegurou à Agência Efe.

Por outro lado, as autoridades sírias ainda não fizeram nenhum anúncio oficial sobre a mudança.

Enquanto atualizava sua conta no Facebook, um jovem sírio que pediu anonimato acrescentou que o Executivo do presidente Bashar al-Assad "entendeu que os sírios respaldam o líder, que foi o único a dizer 'não' aos Estados Unidos".

"Estão nos apoiando, sabemos que confiam na nova geração", manifestou em referência ao Governo sírio.

O internauta acredita que existe uma relação entre o levantamento do bloqueio e o fracasso da convocação pela internet de um "Dia da Ira" em protesto contra o Governo.

A convocação surgiu no calor dos protestos políticos realizados no Egito, Jordânia, Iêmen e Tunísia, e que neste último país forçaram a saída do então presidente Ben Ali.

As datas marcadas para o "Dia da Ira" sírio eram na sexta-feira e no sábado passado mas, ao contrário do que passou em outros países árabes, não se registraram grandes mobilizações nem em Damasco nem em outras cidades do país.

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