Repórter
Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 16h46.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2025 às 17h13.
O estudo "A contribuição econômica das indústrias intensivas em Direitos de Propriedade Intelectual no Brasil", divulgado no IP Key LA Summit 2025, revelou que essas indústrias representaram 39,7% do emprego formal entre 2020 e 2022, um crescimento em relação aos 38,7% registrados entre 2017 e 2019.
As empresas que investem em marcas, patentes e direitos autorais não só empregam mais, mas também pagam melhores salários. Os trabalhadores dessas indústrias receberam, em média, 30,5% a mais entre 2020 e 2022. Além disso, esses setores aumentaram sua participação nas exportações brasileiras, passando de 11% para 13,3% no mesmo período.
Essas indústrias também contribuíram com 50,2% do PIB brasileiro entre 2020 e 2022, superando os 48,3% do período anterior. O relatório destacou ainda que os setores de patentes verdes, que envolvem tecnologias sustentáveis, tiveram superávit comercial de US$ 18 bilhões no último triênio, reforçando a importância da inovação para a economia.
“Existe uma relação direta entre inovação, proteção de marcas e patentes e qualidade do emprego, provada pelo estudo”, afirmou Rodrigo Ventura, Coordenador-Geral e Economista-Chefe do INPI.
A aplicação da lei será um fator essencial para garantir a proteção das indústrias ligadas a marcas e patentes. O EUIPO, que lidera o Observatório Europeu sobre Infrações à PI, fortalece a cooperação internacional por meio de redes de juízes e promotores.
Operações como Creta II e Operação 404 já resultaram na apreensão de mais de 11 milhões de produtos ilícitos, no bloqueio de 675 sites e aplicativos ilegais e no desmantelamento de redes criminosas. No Brasil, a Polícia Federal desarticulou um grupo envolvido no contrabando de cigarros falsificados, com prejuízo estimado em US$ 250 milhões.