Tecnologia

Setor de streaming tem prejuízo bilionário com compartilhamento de senhas

Estudo aponta que empresas como Netflix, Amazon, Apple, entre outras, perderam 9,1 bilhões de dólares em 2019 com a prática

Netflix: empresa já até fez piada com a prática que está causando prejuízos altos para o mercado de transmissão online de conteúdo (Mike Blake/Reuters)

Netflix: empresa já até fez piada com a prática que está causando prejuízos altos para o mercado de transmissão online de conteúdo (Mike Blake/Reuters)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 14 de janeiro de 2020 às 16h09.

Última atualização em 14 de janeiro de 2020 às 17h57.

São Paulo - Um estudo realizado pela empresa de pesquisas Parks Associates estimou que o setor de streaming perdeu 9,1 bilhões de dólares em 2019 com o compartilhamento de senhas de serviços como Netflix, AppleTV, Amazon Prime Video, entre outros. 

De acordo com o levantamento, caso as companhias não adotem medidas para impedir que usuários compartilhem suas contas com terceiros, as perdas para o setor como um todo podem atingir a cifra de 12,5 bilhões de dólares em 2024.

Segundo a pesquisa, quase um terço dos consumidores já compartilharam suas credenciais de acesso às plataformas com terceiros. O percentual chega a ser de 64% em relação aos assinantes que têm entre 13 e 24 anos. 

Apesar dos números ruins, executivos de companhias do setor já defenderam a prática no passado. Em 2014, Richard Plepler, então CEO da HBO, classificou o problema como um “excelente veículo de marketing”, assim como Reed Hastings, da Netflix – empresa que já até fez piada com o assunto.

Vale lembrar que serviços de streaming de áudio, como Spotify, por exemplo, não permitem que uma mesma assinatura seja utilizada em diferentes dispositivos. Nem mesmo é possível contratar um plano familiar para dividir com pessoas que morem em lugares diferentes.

Acompanhe tudo sobre:AmazonHBONetflixStreaming

Mais de Tecnologia

YouTube expande anúncios em vídeos pausados para todos os anunciantes

Kremlin volta a usar YouTube, enquanto restringe o acesso de russos à plataforma

Netflix atinge 94 bilhões de horas assistidas no primeiro semestre de 2024, afirma CEO

Com vendas fracas do iPhone 16, funcionários da Apple já compram aparelho com desconto