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Será que o fim do Google Plus está próximo?

Em um comunicado, o Google anunciou que o Google+ se divorciou do YouTube. Esse pode ser mais um sinal do fim da rede social. Veja outros na matéria a seguir


	Google+ e Google: a rede social da empresa não está em uma posição muito confortável
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Google+ e Google: a rede social da empresa não está em uma posição muito confortável (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2015 às 16h58.

São Paulo – O Google insiste que sua rede social, o Google+ continuará no ar. No entanto, as últimas ações da empresa sugerem que talvez isso não seja tão certo. Em um comunicado oficial, a companhia anunciou que não é mais preciso ter uma conta no Google+ para utilizar o YouTube.

O YouTube comentou em seu blog que algumas dessas mudanças já poderão ser vistas em breve. A primeira é que os comentários feitos na plataforma de vídeos não poderão ser mais vistos nos perfis dos usuários no Google+. No entanto, caso você queira fazer o upload de algum vídeo, criar um canal ou comentar sem usar a rede social, será preciso esperar um pouco mais.

“Se você quiser remover o seu perfil do Google+, você vai ser capaz de fazer isso nos próximos meses. Mas não faça isso agora ou você vai excluir seu canal do YouTube”, alerta o time.

Sinais antigos

Essa não é a primeira vez que a empresa aparenta querer enterrar a rede social. Há quase um ano atrás, o Google liberou seus novos usuários da obrigação de criar contas no Google+. Além disso, foi revelado no Google I/O 2015 que o app de fotos agora é um produto autônomo, sem ligação alguma com a rede social.

O que parece é que mudanças relacionadas ao Google+ irão continuar. Bradley Horowitz, vice-presidente de streams, fotos e compartilhamentos da empresa, disse na publicação no blog que a ferramenta de compartilhamento de localização está sendo colocada no Google Hangouts e sendo retirada da rede social.

“Nós acreditamos que mudanças como essas irão transformar o Google+ em uma plataforma mais focada, útil e envolvente”, disse Horowitz. “Para as pessoas que já criaram perfis do Google+, mas não planejam usar o Google, vamos oferecer melhores opções para gerenciar e remover os perfis públicos”, adiciona o vice-presidente.

Em abril do ano passado, o então chefe da rede social, Vic Gundotra, deixou o Google. Nem a empresa nem Vic foram claros sobre a saída. Na ocasião, o site TechCrunch sugeriu que a mudança estava relacionada às últimas tentativas de o Google fazer o Plus funcionar.

Fracasso desde o nascimento

O Google+ foi criado em 2011 como uma alternativa ao Facebook e ao Twitter. No entanto, em poucos meses a rede social não havia mostrado a que veio. Aliás, uma pesquisa do Serasa Experian de 2013 revelou que o Google+ representava apenas 0,78% do mercado de redes sociais e é a nona mais usada no Brasil. Para se ter uma ideia, a rede social ficou atrás do Bate Papo UOL.

Não é só no Brasil que o Google+ anda pouco popular. O blogueiro de Analytics, Kevin Anderson, traçou informações sobre a plataforma em janeiro deste ano e descobriu que apesar dos quase 2,5 bilhões de inscritos, quase ninguém realmente publica algo na rede social. Segundo as informações analisadas por Anderson, entre 4 a 6 milhões de pessoas interagem e publicam no Google+.

O aumento no público se deu por conta de obrigações impostas pelo Google. Ao criar uma conta em produtos como o Gmail ou o YouTube, usuários eram obrigados a fazer uma também no Google+.

Mas nem assim funcionou. Com todos esses fatos recentes, fica cada vez mais difícil acreditar que o Google+ sobreviverá a todas as mudanças impostas pelo Google.

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