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Sequoia e General Atlantic manobram para aquisição americana do TikTok

Segundo informações do Wall Street Journal fundos de investimento estariam procurando maneiras de apoiar a oferta da gigante Oracle

TikTok: fundos de investimento podem auxiliar proposta da Oracle na compra de aplicativo (Anadolu Agency / Colaborador/Getty Images)

TikTok: fundos de investimento podem auxiliar proposta da Oracle na compra de aplicativo (Anadolu Agency / Colaborador/Getty Images)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 25 de agosto de 2020 às 13h36.

Os fundos de investimento Sequoia Capital e General Atlantic estariam manobrando para ser parte de um acordo para que a rede social TikTok seja adquirada por uma empresa americana, afirmaram fontes com conhecimento das discussões ao jornal The Wall Street Journal. Os dois fundos já são grandes investidores da ByteDance, empresa que atualmente é dona do TikTok.

De acordo com as informações do jornal, os fundos estariam por trás de uma possível oferta pela gigante de tecnologia Oracle, que surgiu recentemente como uma possível alternativa à proposta da Microsoft, que no início de agosto afirmou ter interesse em comprar as operações do aplicativo nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Uma eventual proposta da Oracle, inclusive, recebeu apoio também do presidente americano Donald Trump — responsável pela crise do TikTok, que, por ordem executiva, precisa ser vendido até 15 de setembro ou não poderá mais funcionar nos EUA. O fundador da Oracle, Larry Ellison, é um dos poucos empresários de tecnologia que é apoiador declarado de Trump.

Segundo as fontes ouvidas pelo WSJ, a Microsoft havia afirmado que poderia convidar investidores americanos para apoiar sua oferta no TikTok, mas, recentemente, cresceram preocupações na Sequoia e na General Atlantic de que não teriam um lugar numa eventual proposta da empresa e os fundos passaram a procurar por outro parceiro em potencial.

Ambos os fundos já têm lugares no conselho administrativo da ByteDance por seus investimentos na empresa, que tem sido alvo de ataques de Trump, que afirma que a companhia representa uma ameaça de segurança aos Estados Unidos. No início de agosto, ancorado por um ato de proteção econômica, ele determinou que a empresa teria 45 dias para ser comprada ou estaria impossibilitada de fazer negócios no país.

O TikTok se defendeu e, já à época, afirmou que a medida era problemática e violava direitos da companhia. A empresa afirma que nunca compartilhou dados dos usuários com o governo chinês, não censurou o conteúdo a pedido de oficiais do país e que, além disso, disponibiliza diretrizes de moderação e código fonte do algoritmo.

Ainda de acordo com fontes ouvidas pelo WSJ, os interessados devem fazer uma proposta pelo TikTok até o final desta semana e uma negociação exclusiva pode acontecer em breve. Apesar disso, o negócio pende na balança, depois que o TikTok processou o governo americano nesta segunda por não ter dado chance de defesa ao aplicativo com o decreto executivo que impede sua atuação. Além da proposta da Microsoft e uma eventual oferta da Oracle, o Twitter também já aventou a possibilidade de uma fusão com o TikTok, apesar de essa proposta ter caminhado pouco, segundo as fontes do WSJ.

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