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Sem 700 MHz, Oi fica manca e coloca em risco futuro em dados

Começa a cair a ficha de que, se as coisas já estão difíceis para a companhia, sem o 700 MHz podem ficar ainda piores


	Oi: sem a faixa, empresa ficará com atuação no 4G limitada, disse o ministro Paulo Bernardo
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Oi: sem a faixa, empresa ficará com atuação no 4G limitada, disse o ministro Paulo Bernardo (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 21h36.

São Paulo - Depois de o mercado ter comemorado o fato de a Oi não participar do leilão de venda da faixa de 700 MHz, o que ficou provado pela alta das ações da companhia após o anúncio de que não participaria, a sensação agora não é mais tão positiva assim.

Começa a cair a ficha de que, se as coisas já estão difíceis para a companhia, sem o 700 MHz podem ficar ainda piores.

O próprio ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em entrevista na última terça, 30, reconheceu que, sem a faixa, a empresa ficará com sua atuação no 4G limitada.

A avaliação de Bernardo é de que a empresa continua com as obrigações assumidas quando comprou a faixa de 2,5 GHz, mas sem o 700 MHz não terá a possibilidade de cumpri-las com outras faixas.

A tendência, ainda de acordo com o ministro, é de que as empresas façam essa opção, já que o custo de cobertura com frequências mais baixas é muito menor do que o de faixas altas como a de 2,5 GHz.

O presidente da TIM, Rodrigo Abreu, resumiu bem a importância da faixa de 700 MHz para o setor: "Estamos comprando o futuro da nossa presença em dados no país", disse ele após o certame".

"No curto prazo, (a decisão de não participar) resolve essa questão de ela não se endividar mais. Mas no longo prazo ela vai estar manca", afirma uma fonte do setor que preferiu não se identificar.

A fonte lembra que a história do setor registra um caso semelhante ao que pode acontecer com a Oi.

Em 2003, a norte-americana MCI, que controlava a Embratel, entrou em falência.

Na época, diz a fonte, o mercado encontrou uma solução: a concessionária brasileira acabou sendo adquirida pela América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim.

Apesar da sua gigantesca dívida e do peso da concessão, uma solução semelhante poderá acontecer com a Oi.

"A empresa tem ativos importantes. Tudo é uma questão de avaliação de mercado. Às vezes é uma questão de mergulhar na empresa, fazer uma due dilligence e ver possibilidade de renegociação de contratos, alongamento de dívida etc.", analisa a fonte.

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