Snapchat (Reprodução)
Maurício Grego
Publicado em 8 de abril de 2015 às 15h59.
São Paulo -- Confiar na privacidade do Snapchat pode ser um péssimo negócio, especialmente para quem acaba de matar alguém. É o que descobriu o americano Maxwell Marion Morton, de 16 anos.
Morton confessou ter assassinado, com um tiro no rosto, Ryan Mangan, também de 16 anos. Mas a polícia só chegou até ele graças ao Snapchat, app que permite enviar fotos que desaparecem depois de vistas.
Segundo vários relatos da imprensa americana, Morton usou o Snapchat para fazer um autorretrato ao lado do cadáver e enviar a foto a um amigo.
O amigo capturou a imagem da tela do smartphone e a salvou antes que desaparecesse do aplicativo. Ele mostrou a foto à mãe, que a entregou à polícia.
Morton acabou confessando ser o assassino depois que os policiais encontraram uma pistola de 9 milímetros escondida em sua casa.
Se vivesse no Brasil, ele não seria responsabilizado pelo crime por ser menor de idade. Como mora no estado americano da Pennsylvania, será julgado e deverá cumprir pena como um adulto.
Essa não é a primeira vez que alguém comete um crime e depois se expõe em alguma rede social. O site Tech Crunch lembra dois casos:
O primeiro aconteceu em 2013, quando um morador da Flórida postou uma confissão de assassinato e a foto de sua esposa morta no Facebook.
Em novembro de 2014, foi a vez de um homem do estado de Washington ser preso depois de publicar fotos da namorada que havia assassinado no site 4chan. O difícil é entender por que um assassino se expõe dessa maneira.