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Estudo mostra como assassinos utilizam o Facebook para matar

Criminologistas ingleses identificaram perfis de assassinos que usam a rede social, mas reiteram que o site é seguro

Facebook (Getty Images)

Facebook (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2014 às 12h59.

Pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, identificaram seis tipos de homicidas que usaram o Facebook para cometer crimes, em um estudo sobre como a rede social pode afetar o comportamento de criminosos.

Elizabeth Yardley e David Wilson, professores do centro aplicado de criminologia da universidade inglesa, analisaram 48 casos de assassinatos em que o Facebook foi considerado como fator significante para que o crime acontecesse.

Os assassinos então foram divididos em seis categorias: reativos, informantes, antagonistas, fantasiosos, predadores e impostores.

O reativo é aquele que lê no Facebook algo que os enfurece e então reage violentamentel.

Um exemplo é do inglês Wayne Forrester, que matou sua mulher em 2008 após ler no mural dela posts dizendo que o casal havia se separado e que ela queria conhecer outros homens.

Já o informante usa o Facebook para dizer a outras pessoas que ele quer matar a vitima, ou que já matou a vítima. Ou ambas as coisas.

A americana LaShanda Armstrong, por exemplo, pediu perdão em sua página do Facebook antes de jogar seu carro no rio Hudson, em Nova York, matando seus três filhos, após uma discussão com o marido. Ela postou: "Peço desculpas! Perdoem-me, por favor, por aquilo que eu irei fazer... É isso!!!"

Um antagonista participa de conversas hostis no Facebook, que acabam terminando em violência pessoal.

Para os fantasistas, a linha entre a ficção e realidade é quase inexistente. O assassinato é uma forma de manter a fantasia ou prevenir que outras pessoas descubram a mentira.

Um predador cria e mantém um perfil falso, para atrair uma vitima e encontrá-la no mundo real.

E um impostor posta em nome de alguma outra pessoa, na maioria dos casos, a vitima do crime, para criar a ilusão de que ela ainda está viva, por exemplo.

A pesquisadora chefe Elizabeth Yardley afirmou que a intenção do estudo era descobrir se os casos de homicídios em que o Facebook é citado como elemento do crime diferiam de alguma forma de outros casos de assassinato.

Os professores descobriram que, em geral, não há diferenças - as vitimas conhecem seus assassinos na maioria dos casos, com ou sem a rede social como intermediária.

Mas foi possível estabelecer um padrão de vitimas nos casos em que o Facebook foi usado como intermediário: são mulheres jovens de classe média. Além disso, há uma alta proporção de assassinatos seguidos por suicídios.

Para Yardley, é inaceitável considerar que a rede social possa ter parcela de culpa pelos casos. "O Facebook é tão responsável por esses homicídios quanto uma faca é responsável por um esfaqueamento. Devemos nos focar nas intenções das pessoas que usam essas ferramentas", afirmou.

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