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Seis meses após chegar, Lime encerra suas operações no Brasil

Startup de patinetes que operava em São Paulo e no Rio de Janeiro vai deixar de atuar em mais dez mercados

Lime: empresa deixa o Brasil seis meses colocar suas patinetes em vias paulistas e cariocas (Mike Blake/Reuters)

Lime: empresa deixa o Brasil seis meses colocar suas patinetes em vias paulistas e cariocas (Mike Blake/Reuters)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 9 de janeiro de 2020 às 15h52.

Última atualização em 10 de janeiro de 2020 às 11h22.

São Paulo - Durou pouco a aventura da Lime em terras brasileiras. A startup que chegou ao País em julho do ano passado está encerrando suas operações por aqui. A saída faz parte de uma estratégia de recuo de investimentos da companhia que, além do Brasil, também deixa de operar em outros dez mercados.

Divulgada inicialmente pelo site Axios, a informação foi confirmada pela Exame. Em nota, a companhia informou que "tomou a difícil decisão de finalizar a operação no Brasil, assim como em outras cidades da América Latina e em outras regiões, para concentrar recursos em mercados que nos permitam atingir nossas ambiciosas metas para 2020".

Criada em junho de 2017 na Califórnia, a startup de micromobilidade chegou ao Brasil em julho do ano passado cercada de expectativas. O negócio já havia recebido mais de 765 milhões de dólares em aportes e desembarcava em seu 26º mercado internacional para operar inicialmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

As patinetes deverão deixar as ruas de forma gradual. Em São Paulo, os veículos devem ser recolhidos já nas próximas semanas. Os cariocas ainda poderão usar o serviço por alguns meses.

Além do Brasil, a companhia também puxa o freio de mão em outros mercados latino-americanos, como Colômbia, Argentina, Uruguai, Peru e México, mantendo apenas a operação chilena, baseada em Santiago. Nos Estados Unidos, fim dos negócios em Atlanta, Phoenix, San Diego e San Antonio. A Lime também encerrou suas operações na Áustria.

Segundo o Axios, 14% da força de trabalho global da companhia está sendo dispensada com a ação. Questionada, a companhia não revelou a quantidade ou o percentual de funcionários do Brasil ou da América Latina que perderão o emprego.

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