Redator
Publicado em 27 de junho de 2025 às 15h44.
Última atualização em 27 de junho de 2025 às 16h35.
De morta pela internet, a televisão tem experimentado um ressurgimento e se tornado foco de empresas que buscam conquistar novos consumidores, que preferem conteúdos aos possam assistir de forma mais lenta. Para combater o cansaço gerado pela rolagem sem fim dos feeds com os dedos, gigantes como YouTube, TikTok e Instagram apostam no tradicional ato de apertar botões para consolidar e expandir sua posição em um mercado competitivo.
Pioneiro nesse movimento, o YouTube já é o serviço de TV preferido da maioria dos americanos, com 7 milhões de espectadores simultâneos – número superior ao combinado entre Netflix e Amazon Prime Video.
Agora, aplicativos como TikTok e Instagram também estão voltando suas atenções para a televisão tradicional, mesmo que seja apenas como suporte e não para a produção de conteúdo linear. O objetivo é claro: abrir novos fluxos de receita publicitária e transformar a percepção do que significa "ver TV".
Para isso, a Meta está criando uma versão nativa do Instagram para TV, levando seus reels para uma tela maior e buscando atrair uma audiência mais relaxada. A proposta é eliminar a necessidade de rolar a tela ou se preocupar com cãibras nos dedos, oferecendo vídeos verticais confortáveis para telas mais amplas.
Enquanto isso, o TikTok já oferece um app básico para TV por meio de plataformas como Fire TV, da Amazon, ou Google TV. Entretanto, especialistas sugerem que uma versão mais refinada está sendo desenvolvida, focada em maratonas de conteúdo e com um algoritmo projetado para consumo mais lento.
Apesar da proliferação de dispositivos móveis, como smartphones, tablets e notebooks, a sala de estar continua sendo um espaço valioso para os anunciantes. A publicidade em TV conectada à internet, seja por smarTVs, seja por dispositivos externos, deve ultrapassar US$ 40 bilhões globalmente neste ano, crescendo mais rápido do que em vídeos para dispositivos móveis.
Para TikTok e Instagram, a oportunidade é atingir os usuários em um ambiente mais relaxado e oferecer aos anunciantes uma plataforma mais premium. Criadores de conteúdo também terão novas oportunidades, como séries e tutoriais. Embora adaptar vídeos verticais seja um desafio, as empresas estão seguindo o caminho para onde a audiência está indo.
Com 20 anos de história, o pioneiro YouTube já tem uma posição relativamente consolidada e parece ter deixado para trás os dias em que tentava convencer anunciantes de que era o futuro da TV. Agora, a dúvida é se TikTok e Instagram conseguirão seguir o mesmo caminho e, junto à plataforma do Google, não matar, mas dar nova vida à TV.