São Paulo – O maior desafio para desenvolver apps para o Apple Watch é usar bem a cabeça. Na questão técnica, não existe muita diferença. A linguagem para programação é a mesma. Mas, de acordo com desenvolvedores, o maior problema é entender o que cabe na tela de um relógio inteligente e o que não cabe.

Antes mesmo do lançamento do relógio da Apple, duas empresas brasileiras já têm um aplicativo pronto. Elas são o guia Kekanto e o VivaReal (para busca e anúncio de imóveis).

“Nos dispositivos vestíveis, a interação é de poucos segundos – muito menos do que em um desktop ou em um smartphone. No caso do Kekanto, nós pegamos as funcionalidades que justificam uma interação de segundos”, contou a EXAME.com Alan Kajimoto, CTO do Kekanto.

A opinião é compartilhada por Renato Cairo, gerente de produtos mobile da VivaReal. “No relógio, é preciso oferecer conteúdo que esteja inserido no contexto do usuário. Já no celular o usuário pode buscar o que quiser”, disse Cairo.

Nas duas conversas, o conceito mais abordado pelos dois entrevistados foi a ideia de colocar o conteúdo dentro do contexto. Nas duas conversas, o conceito mais abordado pelos dois entrevistados foi colocar o conteúdo dentro do contexto. Não adianta oferecer uma quantidade alta de conteúdo, já que é difícil acessá-lo.

Mas qual seria o prejuízo para um desenvolvedor que não entende que o conteúdo não pode ser o mesmo do app para smartphone?

“O usuário nunca mais vai abrir o app no relógio. Temos que ter em mente que o uso é bem diferente”, disse Kajimoto. “São paradigmas diferentes. Momentos de necessidade diferentes”, completou.

No caso do Kekanto, o desenvolvimento foi facilitado pela experiência em relógios inteligentes. A empresa já havia lançado um app para relógios com Android Wear e agora irá expandir com a versão para Apple Watch.

Já para a VivaReal é uma experiência nova. Agora, com a versão para Apple Watch pronta, a equipe prepara também um app para Android Wear.