Tecnologia

Scanners corporais de aeroportos podem causar câncer

Raio-X usado em aeroportos, sobretudo nos EUA, podem ser perigosos

Scanners corporais de raio-X podem ser perigosos para a saúde (AFP/Fabian Bimmer/EXAME.com)

Scanners corporais de raio-X podem ser perigosos para a saúde (AFP/Fabian Bimmer/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2011 às 09h04.

 Washington - Os scanners corporais de raios-X, utilizados em alguns aeroportos, sobretudo nos Estados unidos, podem ser perigosos para a saúde, alertaram cientistas à AFP esta sexta-feira.

"O risco é mínimo, segundo dizem, mas estatisticamente alguém vai contrair câncer de pele por causa destes raios-X", advertiu Michael Love, que chefia um laboratório que estuda os raios-X no departamento de biofísica da Universidade John Hopkins (Maryland, leste).

"Nenhuma exposição a raios-X pode ser considerada benéfica. Sabemos que são perigosos, mas nos aeroportos as pessoas têm tal necessidade de viajar, que estão dispostas a arriscar a vida desta forma", disse.

Em 2007, o departamento americano encarregado da segurança nos transportes (TSA, na sigla em inglês) começou a utilizar estes scanners corporais, que mostram todo o corpo humano, nos aeroportos do país.

Seu uso se generalizou este ano, após a compra de 450 novos scanners, graças a fundos do plano de reativação americano.

Cerca de 315 novos scanners integrais de raios-X são usados atualmente em 65 aeroportos americanos, segundo a TSA.

Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF) advertiu contra "os riscos potencialmente graves para a saúde" que representam estes scanners, em uma carta enviada em abril ao departamento de ciência e tecnologia da Casa Branca.

Na carta, o bioquímico John Sedat e seus colegas explicam que a maior parte da energia que provém destes scanners é absorvida pela pele e pelos tecidos subcutâneos.

O departamento de ciência e tecnologia da Casa Branca respondeu, esta semana, a estas preocupações dizendo que os scanners foram testados "em profundidade" pelas agências governamentais americanas e respeitam as normas de segurança, resposta que a Sedat, consultada na sexta-feira pela AFP, considerou "insuficiente".

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