Stiku: o equipamento também facilita comparações do tipo antes e depois
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 20h54.
Entre na nova academia de David Barton em Manhattan, a TMPL, e você será recebido por uma série de opções de boa forma de alta tecnologia -- scanners de impressão digital, telas gigantes com paisagens realistas por trás dos instrutores de spinning e uma piscina de água salgada, tudo banhado pela iluminação de LED em recesso.
Mas o aparelho que realmente é um divisor de águas não está na sala de musculação. Trata-se do scanner corporal 3D da Styku, instalado em uma sala perto dos chuveiros, ao lado de um minibar que serve shakes de proteína.
Se a história serve de guia, na semana que vem milhões de pessoas farão a resolução de ano-novo de irem a uma das 180.000 academias espalhadas pelo globo em um esforço anual e normalmente ineficaz de perder alguns quilos.
O principal motivo para o fracasso, segundo os especialistas consultados, é que verificar o peso é uma forma equivocada e desmoralizante de medir a saúde geral.
“Muitas pessoas se concentram na escala”, disse Mark de Gorter, CEO da Workout Anytime. “Mas ao fazerem isso, elas ignoram o panorama geral da transformação do corpo.”
Os gurus da boa forma reclamam há tempos que o foco míope do público sobre o peso é contraproducente.
O músculo pesa mais que a gordura, afinal de contas, e como a gordura ocupa 22 por cento mais espaço do que o músculo, a medida real deveria ser o volume. Ao queimar gordura, você literalmente encolhe, um fato que você pode sentir no tamanho de suas roupas. Mas é difícil ser objetivo com a balança sob seus pés.
É aí que entra o scanner corporal, que permite visualizar o ganho muscular e ver, em três dimensões, como a pessoa está perdendo gordura -- e onde.
Empresas como Styku e Fit3D, com equipamentos disponíveis em academias selecionadas da Equinox, utilizam uma câmera poderosa, instalada em uma base de alumínio com o tamanho aproximado de um taco de beisebol, para extrair milhões de dados em menos de 30 segundos.
A máquina toma as medidas de superfície de sua cintura, peito e braços e em seguida monta um modelo 3D que pode ser girado, cortado e ampliado a partir de mais de 600 imagens infravermelhas.
No ano passado, executivos de academias como De Gorter descobriram que a tecnologia é uma das formas mais efetivas de atrair e reter clientes.
Após testar o equipamento em quatro de suas academias, Diana Williams, que fundou a Fernwood Fitness em Melbourne há 26 anos e atualmente possui 70 franquias no continente, ficou tão impressionada que está estendendo o equipamento a toda a rede.
“Usamos como ferramenta de venda, mas mais ainda como ferramenta de retenção”, disse ela. “Uma medida é só um número. Mas uma imagem visual do cliente, em vez da imaginação, é muito mais motivante.”
Como converte essas medidas em uma métrica que as pessoas conseguem entender, o equipamento também facilita comparações do tipo antes e depois, disse Raj Sareen, CEO da Styku, que tem sede em Los Angeles e é uma das maiores fornecedoras da tecnologia de scanner corporal para academias de ginástica.
A companhia lançou o equipamento em feiras em 2015 após um programa piloto com academias menores; no período de 12 meses desde então, o crescimento ano a ano subiu 550 por cento e a máquina atualmente está disponível em 350 estabelecimentos de 25 países em todo o mundo.
Ela foi introduzida mais recentemente na Coreia e no Reino Unido e será lançada em academias selecionadas do Brasil no início de 2017.