Tecnologia

São Paulo testa tecnologia capaz de reduzir enchentes

Tecnologia funciona basicamente devido a um software e um filtro que é instalado no interior dos bueiros e tem a capacidade de armazenar 300 litros

Este sistema retém todos os resíduos deixando passar apenas a água (Agliberto Lima/ Veja São Paulo)

Este sistema retém todos os resíduos deixando passar apenas a água (Agliberto Lima/ Veja São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 18h39.

São Paulo - Subprefeituras e cidades do interior de São Paulo estão testando uma tecnologia que promete reduzir o número de enchentes. O sistema impede que o lixo espalhado pelas ruas chegue aos córregos da cidade ou entupa bueiros.

A tecnologia funciona basicamente devido a um software e um filtro que é instalado no interior dos bueiros e tem a capacidade de armazenar 300 litros. Este sistema retém todos os resíduos deixando passar apenas a água. No momento em que tais detritos atingem 80% da capacidade do lixo um dispositivo é acionado e avisa a central. Esta por sua vez entra em contato com as empresas responsáveis pela limpeza.

O objetivo deste sistema é impedir que os bueiros fiquem obstruídos no momento da chuva e, desta forma, ele evita os riscos de enchentes e alagamentos. Até o momento o projeto teve investimento de R$ 2,5 milhões. O diretor da empresa que criou o sistema, Carlos Chiaradia, afirma que o investimento inicial, apesar de alto, é recompensador, pois "é uma solução definitiva e preventiva, não corretiva como acontece atualmente".

As subprefeituras de São Paulo têm hoje, em média, 15 mil bueiros e bocas de lobos para administrar. Com o novo sistema o trabalho poderia ser otimizado, o processo de limpeza seria mais rápido, pois além de fornecer informações exatas sobre os locais onde a situação está mais crítica ainda seria mais fácil recolher o material já estaria armazenado nos filtros.

Outro beneficio apontado por Chiaradia é que o projeto pode gerar novos postos de trabalho e renda. O material recolhido ainda pode ser levado para reciclagem, evitando assim que os mesmos poluam os rios. "O governo tem investido tanto em cooperativas de reciclagem, e um sistema de gestão dos resíduos coletados pode aproveitar essa oportunidade", conclui o diretor.

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