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Sangue de pandas pode ser o futuro dos antibióticos

Pesquisadores acreditam que existe um composto antibiótico na corrente sanguínea dos pandas que pode ser até seis vezes mais forte do que qualquer outro remédio


	Pandas: cientistas chegaram a essa conclusão após analisar o DNA da espécie e isolar um peptídeo das células do sistema imunológico dos animais
 (Creative Commons/EXAME.com)

Pandas: cientistas chegaram a essa conclusão após analisar o DNA da espécie e isolar um peptídeo das células do sistema imunológico dos animais (Creative Commons/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 14h33.

São Paulo – Pandas gigantes não rendem apenas boas risadas no YouTube. Um grupo de cientistas descobriu que o sangue desses mamíferos tem um poderoso antibiótico capaz de matar bactérias e fungos.

Os pesquisadores responsáveis pelo estudo são da Universidade de Agronomia de Nanjing, na China. Eles acreditam que existe um composto antibiótico na corrente sanguínea dos pandas que pode ser até seis vezes mais forte do que qualquer outro remédio.

Os cientistas chegaram a essa conclusão após analisar o DNA da espécie e isolar um peptídeo das células do sistema imunológico dos animais, o Cathelicidin-AM. Esse composto é liberado pelo sistema imunológico do panda em estado selvagem para protegê-los de infecções.

A substância mata fungos e bactérias resistentes aos medicamentos atuais com uma rapidez que impressionou os pesquisadores. Durante os testes, os cientistas identificaram que o antibiótico natural dos pandas gigantes consegue matar em apenas uma hora os micro-organismos que os remédios atuais levam cerca de seis horas para eliminar.

Apesar de já saber que esse composto encontrado no sangue dos pandas pode ser usado como remédio, os cientistas alertam que ainda não concluíram as pesquisas relacionadas ao genoma dos pandas. Eles também acreditam que, no futuro, mais drogas como essas poderão ser descobertas.

Além das pesquisas em andamento, o uso do sangue dos pandas levanta muitas questões éticas. Por exemplo, a extração do sangue deve ser dolorosa ao animal. Além disso, muitos especialistas discutirão se isso pode acelerar ainda mais a extinção da espécie. Porém, os médicos responsáveis pela pesquisa garantem que a descoberta não aumentará a caças dos pandas gigantes.

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