Tecnologia

Samsung oferece US$ 600 para se distanciar da Apple

Companhia está colocando em marcha incentivos de até US$ 600 na compra do Galaxy S5 para defender o seu reinado nos smartphones


	Novo Galaxy S5, da Samsung: o celebrado aparelho da companhia coreana faz a sua estreia nos mercados hoje
 (Beawiharta/Reuters)

Novo Galaxy S5, da Samsung: o celebrado aparelho da companhia coreana faz a sua estreia nos mercados hoje (Beawiharta/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 11h07.

Seul - Com uma concorrência maior da Apple e da Xiaomi, a Samsung Electronics está colocando em marcha incentivos de até US$ 600 na compra de seu Galaxy S5 como forma de defender seu lugar como maior fabricante de smartphones do mundo.

Com o celebrado aparelho da empresa com sede em Suwon, Coreia do Sul, fazendo sua estreia hoje, serão oferecidos aos clientes vouchers de PayPal, uma conta premium da LinkedIn e pelo menos quatro aplicativos relacionados à boa forma. É a primeira vez que a Samsung oferece incentivos para compradores de seus smartphones série S, os mais vendidos.

A Samsung está lutando para fazer seus telefones se destacarem no mercado em relação aos novos iPhones e aparelhos recém-chegados de empresas como Xiaomi e Coolpad Group, ambas da China. A estratégia pode forçar as rivais a aumentarem os incentivos ou baixarem os preços, o que significa um potencial aperto nos lucros em todo o setor, que viu a queda das antes dominantes produtoras Motorola Mobility e Nokia Oyj. O lucro operacional da Samsung vem caindo há dois trimestres consecutivos.

“A Samsung precisa fazer o que for preciso para manter sua liderança global entre os consumidores de eletrônicos”, disse Neil Mawston, diretor de prática global wireless da empresa de pesquisas Strategy Analytics. “Os fracassos anteriores, como o da Motorola, mostraram que uma vez que você perde o domínio do topo, voltar a ele é um processo muito longo e doloroso”.

Xiaomi, Coolpad

O S5 possui uma tela de 5,1 polegadas com leitor de impressão digital, câmera de 16 megapixels, sensor de ritmo cardíaco, revestimento resistente à água que pode suportar 30 minutos no fundo de um tanque de um metro de profundidade e uma parte traseira que se assemelha a couro com furinhos.

O visor é full HD e Amoled (sigla em inglês para matriz-ativa de diodo orgânico emissor de luz). A tela de 5,1 polegadas é maior que a do modelo S4 e a bateria irá durar 20 por cento a mais que a de seu antecessor, disse a Samsung.


O novo aparelho entra em um mercado de smartphones em que o crescimento global deverá desacelerar para 6,2 por cento em 2018, contra 19 por cento neste ano, disse a empresa de pesquisas IDC, em fevereiro.

Queda no lucro

Embora a Samsung tenha vendido um em cada três smartphones comercializados no mundo no ano passado, concorrentes chinesas como Xiaomi, Coolpad, Huawei Technologies Co. e Lenovo Group Ltd. ganharam força e contiveram parte do crescimento da Samsung em vendas anuais. A Xiaomi prevê que suas vendas se multipliquem por cinco, atingindo 100 milhões de telefones em 2015.

Nesta semana, a Samsung registrou uma queda de 4,3 por cento nos lucros, com a renda operacional caindo para 8,4 trilhões de wons (US$ 8,1 bilhões) nos três meses até março, em um momento em que a demanda estagnada está baixando os preços dos aparelhos e componentes Galaxy.

A Samsung vendeu 63,5 milhões de unidades do S4 até fevereiro, segundo a mediana de estimativas de três analistas. Esse volume contrasta com o de 65,6 milhões do S3, com tela de 4,8 polegadas.

Incentivos do S5

A Samsung não revela as vendas por unidades de seus telefones celulares.

Os preços à vista dos smartphones Galaxy S também caíram nos sucessivos modelos e o modelo S5 com tecnologia 4G será vendido por 866.800 wons, ou US$ 833. O S4 comparável foi vendido por 899.800 wons e o S3, por 994.400 wons.

“A Samsung precisa oferecer algo mais para impulsionar suas vendas de dispositivos móveis para pelo menos manter o crescimento e o lucro”, disse Park Kang Ho, analista da Daishin Securities. “O interesse dos consumidores pelos celulares carro-chefe das marcas não é tão grande hoje quanto costumava ser”.

Acompanhe tudo sobre:AndroidAppleEmpresasEmpresas americanasEmpresas coreanasempresas-de-tecnologiaGalaxyGalaxy S8GoogleIndústria eletroeletrônicaSamsungSmartphonesTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Xiaomi Redmi Note 12S: quanto vale a pena pagar na Black Friday?

Como melhorar o sinal Wi-Fi em casa?

China lança programa para proteger pessoas e empresas dos algoritmos 'injustos'

Huawei lança smartphone com sistema operacional próprio em resposta às sanções dos EUA