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Samsung lidera ranking de reclamações de celulares do Procon

Dados divulgados pelo Procon de São Paulo colocam os fabricantes de celulares entre as empresas fornecedoras de produtos que mais geram reclamações

Os celulares são os produtos que geram mais reclamações no Procon  (Getty Images)

Os celulares são os produtos que geram mais reclamações no Procon (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2011 às 18h13.

São Paulo — Aparelho danificado ou com mal funcionamento é a principal queixa que coloca os fabricantes de aparelhos celulares no topo do ranking das empresas alvo de reclamação no Procon-SP na área de produtos. Uma razão óbvia para isso é que essas empresas vendem celulares em enorme quantidade, para um grande número de consumidores. Mas os dados do Procon também indicam que elas falham no atendimento.

Segundo estudo divulgado nesta terça-feira, 15, pela fundação Procon, a Samsung lidera essa lista, com 982 reclamações, três vezes mais que o número do ano passado, 320. Além disso, no ranking geral (de fornecedores de produtos e também de serviços) a empresa ocupava o vigésimo lugar em 2009. Em 2010 pulou para quarto lugar. 

Apesar de reduzir seu número de queixas, de 1.288, em 2009, para 810 no ano passado, a Sony Ericsson aparece em segundo lugar na proporção de reclamações não atendidas. Entre 2009 e 2010, a LG Eletronics apresentou um crescimento considerável no ranking de reclamações, saltando de 177 para 780 queixas. 

Segundo o Procon-SP, a Nokia deixou de resolver as reclamações de mais da metade dos seus consumidores, com 75% de índice de não atendimento. A empresa foi responsável por 514 reclamações. Por conta disso, Samsung, Nokia e LG somadas levaram multas de R$ 3.553 milhões. Só a Samsung terá de pagar R$ 2.175 milhões, a Nokia, R$ 918 mil e a LG, R$ 460 mil. 

Não atendidos 

No quesito “não atendimento”, as posições dos fabricantes de celular no ranking do Procon-SP se alternam. A Nokia aparece em primeiro lugar, com 74,7% de reclamações não atendidas de um total de 514, ou seja, 384 queixas não solucionadas. Em seguida, vêm a Sony Ericsson, com 47,7% (ou 386) de um total de 810 reclamações; e a LG, com 41,2% (321), de 780 queixas. A Samsung, que lidera o ranking de reclamações com 981 queixas, nesta outra lista aparece em quinto lugar, pois deixou de atender "somente" 11,6% (ou 114) das queixas. 

Respostas 

Esta reportagem entrou em contato com os fabricantes de celular citados  acima. De maneira geral, todos alegam cumprir integralmente o Código de Defesa do Consumidor e respeitar o cliente. A Sony Ericsson, por meio de nota oficial, ressalta que a maioria das reclamações fundamentadas não atendidas refere-se a casos de exclusão de garantia tais como oxidação e quebra dos aparelhos por uso indevido.

O fabricante informa também que, apesar de figurar em sétimo lugar no ranking geral de reclamações de 2010, em 2009 ocupava o quarto lugar e ficou na 36 colocação no ranking nacional do Procon, reduzindo em 70% as queixas em relação ao ano retrasado. Já a Nokia atesta que, entre janeiro de 2009 e janeiro de 2011, o número de reclamações da empresa levadas ao Procon-SP caiu 69%. 

Sem citar números, a Samsung apenas informa que, desde novembro de 2010, está inaugurando, em diversas cidades do país, centros regionais de serviços com o intuito de oferecer serviços de suporte e reparo que atendam a todas as suas categorias de produtos, inclusive celulares. 

Apesar de contactada, até o fechamento desta reportagem, a LG não informou sua posição oficial.

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