Da Redação
Publicado em 6 de março de 2015 às 20h34.
A Samsung é uma empresa que oferece opções ao consumidor quando o assunto é smartphone. Desde aparelhos básicos até os avançados, o portfólio da marca é extenso. Contudo, a grande maioria dos produtos tem construção em policarbonato, um plástico com tratamento especial. A linha Galaxy A foi criada para mudar esse paradigma e trazer ao mercado celulares inteligentes com corpos feitos em alumínio. O integrante intermediário dessa família é o Galaxy A5, que será tratado neste review.
As diferenças deste aparelho em relação ao Galaxy A3 são poucas, além dos 300 reais no preço para o consumidor final. O que muda é que o A5 tem 2 GB de RAM, tela de 5 polegadas e cãmera de 13 MP. Uma das vantagens deste produto é ter suporte para dois chips e também para a rede 4G brasileira.
Com preço sugerido de 1 500 reais, o smartphone se coloca na concorrência com aparelhos muito mais potentes, como o Microsoft Lumia 930 e o Motorola Moto X de segunda geração. Sendo assim, o A5 se torna um produto de nicho e sua compra deve ser avaliada com cautela.
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Este ponto é o grande destaque do Galaxy A5. A Samsung finalmente criou aparelhos com bom visual que não são feitos de plástico. Mas isso custou ao dispositivo a possibilidade de trocar a bateria, algo que, ao mesmo tempo, limita a longevidade aos ciclos de carga disponíveis e oferece segurança ao consumidor, pois impede o uso de baterias falsificadas ou que não se adequem aos padrões de qualidade da fabricante.
A tela tem 5 polegadas com resolução HD e tecnologia Super Amoled, que funciona como o Oled convencional, em termos práticos. Este último ponto é especialmente importante, uma vez que tem impacto direto na duração da bateria do produto, aumentando-a.
Como o gadget é relativamente fino, sua ergonomia não é muito prejudicada pelo tamanho da tela. A sensação é a de estar com um smartphone premium na mão, especialmente por conta da construção em metal.
O Galaxy A5 não é dos mais potentes. Para efeito de comparação, é como um cruzamento do Moto G com o Zenfone 5. O processador é um Qualcomm Snapdragon 410 com CPU quad-core de 1,2 GHz, 2 GB de RAM, 16 GB de armazenamento interno, suporte para cartão microSD, Wi-Fi padrão N, Bluetooth 4.0, A-GPS e sistema Android KitKat 4.4.
Nos benchmarks, o produto poderia ter se saído melhor.
Quadrant (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Galaxy A5 | 12012 |
Galaxy A3 | 21427 |
Moto E | 13977 |
AnTuTu (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Galaxy A5 | 19991 |
Galaxy A3 | 1940 |
Moto E | 19991 |
Vellamo (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Galaxy A5 | 1906 |
Galaxy A3 | 1940 |
Moto E | 1906 |
3D Mark (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Galaxy A5 | 2659 |
Galaxy A3 | 2657 |
Moto E | 2659 |
Aqui, o Galaxy A5 brilha mais do que a concorrência. O smartphone conseguiu aguentar por 9 horas e 7 minutos o teste de bateria realizado pelo INFOlab. Com isso, ele deixou para trás concorrentes como o Moto X.
O sistema do aparelho conta com a tradicional e pesada personalização da Samsung. A interface Touchwiz que roda sobre o Android conta com uma série de modificações de design, bem como com apps pré-instalados e recursos adicionais. Sem dúvida, a mudança mais significativa em relação ao Android puro está no app de câmera. O A5 é um smartphone voltado para selfies. Detalhes do funcionamento podem ser vistos no vídeo acima.
Para citar alguns exemplos, é possível tirar selfies à distância com um gesto feito com a mão e também dá para tirar uma foto automaticamente quando o enquadramento com a câmera traseira for detectado. O aplicativo também oferece alguns filtros de imagem parecidos com os do Instagram.
A câmera frontal do A5 se destaca mais do que a principal. Com 5 MP, a Samsung chegou a declarar guerra ao pau de selfie, alegando que ele não seria mais necessário para quem adquirir um produto da linha Galaxy A. A qualidade das imagens registradas é, em geral, boa, mas a falta de detalhamento fica evidente aos olhos mais atentos.
As fotografias sofrem com o efeito flare, que consiste na invasão da luz sobre os limites físicos objetos. Ainda assim, entre os smartphones que passaram no INFOlab, o A5 conta com uma das melhores câmeras dianteiras, ficando atrás do Huawei Ascend P7, que também se dedica às selfies e é vendidos pelo mesmo valor no Brasil.
Já a câmera principal se saiu melhor nos testes. Os objetos apareceram com definição dentro da média e a fidelidade de cores foi razoavelmente boa para a caterogia. A câmera tem capacidade para fotografar com até 13 MP.
Os vídeos são gravados em Full HD a 30 fps.
Depende e muito. O Galaxy A5 tem bom design, boa duração de bateria e tira fotos com qualidade razoável. Se for isso que o consumidor quiser, a escolha será acertada. Contudo, faltou potência. Nesse ponto, o gadget não vale o que custa no Brasil. Mesmo executando bem apps básicos, jogos mais pesados podem apresentar problemas de performance. Se poder de fogo for o quesito de Minerva, o Moto X é uma melhor opção.
Sistema | Android 4.4.4 (KitKat) |
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Chipset | Qualcomm Snapdragon 410 (MSM8916) |
CPU (SoC) | Cortex A53 Quad Core 1.2 GHz |
GPU (SoC) | Adreno 306 |
RAM | 2 GB |
Armazenamento | 16 GB (10,38 GB livres) + microSD de até 64 GB |
Conexões | Wi-Fi n, Bluetooth 4.0, A-GPS com GLONASS e Beidou |
Câmera | 5 MP e 13 MP |
Tela | 5'' (HD) |
Peso | 122 g |
Bateria | 9h07 |
Prós | Design, dual-SIM, 4G, boa duração de bateria, câmera dianteira de 5 MP |
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Contras | Configuração fraca e preço alto |
Conclusão | Smartphone de nicho. Compra deve ser avaliada com cautela |
Configuração | 8.6 |
Usabilidade | 7.9 |
Diversão | 8,2 |
Bateria | 8 |
Design | 8.3 |
Média | 8.3 |
Preço | R$ 1 500 |