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Saiba o que o Facebook e o LinkedIn têm em comum

São Paulo – O que grandes marcas da internet, como Facebook e LinkedIn, têm em comum? Além de serem serviços inovadores, ambas as empresas surgiram como startups...

IT Solutions (iStockPhoto)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 13h15.

São Paulo – O que grandes marcas da internet, como Facebook e LinkedIn, têm em comum? Além de serem serviços inovadores, ambas as empresas surgiram como startups e usaram a tecnologia de computação em nuvem para alavancar seus produtos durante os primeiros anos de operação.

A avaliação é do professor de economia José Eduardo Martins, da PUC do Rio de Janeiro, e autor do estudo A Inovação Que Foi para a Nuvem, publicado pela PUC do Rio. De acordo com Martins, durante muitos anos, empreendedores de diversas áreas estiveram impedidos de crescer rapidamente em função dos altos custos de TI.

“Para dar um passo grande, como ampliar a capacidade de atendimento ou expandir as operações para novos mercados, os empreendedores tinham que arcar com elevados investimentos em servidores, conexão e infraestrutura de TI, o que inibia o surgimento de muitas empresas criativas”, afirma Martins.

Há menos de uma década, a disseminação dos serviços de cloud permitiu uma ruptura nos custos de TI e tornou acessível a qualquer pessoa contratar storage e capacidade computacional de um data center terceirizado.

“Uma startup que deseje colocar no ar um serviço de e-commerce ou um cadastro de clientes não precisa mais comprar um servidor, mas apenas alugar um pouco desse serviço em um fornecedor de infraestrutura de nuvem”, afirma Martins. Foi essa receita que permitiu a Mark Zuckerberg fazer o Facebook crescer nos primeiros meses após a criação do serviço, quando ainda não havia investidores dispostos a colocar seus dólares na rede social.

Escalabilidade – Uma das expressões mais usadas por especialistas em nuvem é a escalabilidade, característica que permite contratar mais ou menos demanda computacional dependendo da necessidade do usuário. Assim, se uma pequena startup registrar um boom no ritmo de crescimento de seus clientes, poderá, de um dia para outro, contratar mais servidores e ampliar sua capacidade de atendimento de alguns poucos clientes para milhões deles. Da mesma forma, se enfrentar uma crise, poderá reduzir seus custos abrindo mão da capacidade de computação ociosa. “É como energia elétrica. Os cabos de luz estão conectados à nossa casa, mas pagamos só o que consumimos”, diz Martins.

Um caso exemplar de uso da escalabilidade são os sites de comércio eletrônico, que registram um pico de acessos em épocas de compras, como a semana que antecede o Natal ou o período do Dia das Mães. De acordo com Nelson dos Santos Pereira, professor de engenharia da computação da Unicamp, um site pode contratar banda para suportar, por exemplo, o acesso de até 1 000 usuários simultâneos durante o ano todo e, apenas na semana do Natal, contratar uma capacidade maior. “A flexibilidade, a agilidade e os custos da nuvem tornaram possíveis milhares de novos modelos de negócios que, em outros tempos, seriam inviáveis em função dos investimentos elevados de TI”, afirma Pereira.

Segundo o pesquisador, a flexibilidade da nuvem beneficia tanto a pequena startup quanto as grandes corporações, como é o caso do jornal New York Times. Há um ano, a publicação decidiu padronizar a versão digital de todas as suas edições, de 1851 a 1989, e, em vez de adquirir novos hardwares ou usar seus recursos computacionais já sobrecarregados, o jornal transferiu os arquivos em formatos variados para um fornecedor de serviços em nuvem. O processamento de 3 terabytes de informação levou 24 horas, usando cem instâncias (servidores virtuais) e custou 240 dólares. “Se não existisse um serviço de cloud disponível, essa tarefa demoraria vários meses para ser executada, além de exigir que o NY Times comprasse ou alugasse dezenas de servidores”, afirma o engenheiro da Unicamp.

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