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Russos também manipularam Instagram antes de eleições nos EUA

No total, cerca de 150 milhões de usuários do Facebook e Instagram viram conteúdo russo em 2015 e 2016, disse o diretor jurídico do Facebook

Instagram: cerca de 120.000 publicações foram criadas no Instagram por operadores identificados como russos (Carl Court/Getty Images)

Instagram: cerca de 120.000 publicações foram criadas no Instagram por operadores identificados como russos (Carl Court/Getty Images)

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AFP

Publicado em 1 de novembro de 2017 às 20h56.

O Facebook revelou nesta quarta-feira (1) que cerca de 20 milhões de usuários do Instagram nos Estados Unidos viram conteúdo criado por operadores russos para influenciar nas eleições que levaram Donald Trump à Presidência.

Colin Stretch, diretor jurídico do Facebook, proprietário do Instagram, deu esta informação durante uma audiência ante a Comissão de Inteligência do Senado americano, a segunda em dois dias realizada no Congresso sobre o papel das redes sociais na campanha de desinformação orquestrada pela Rússia.

No total, cerca de 150 milhões de usuários do Facebook e Instagram viram conteúdo russo em 2015 e 2016, disse.

Cerca de 120.000 publicações foram criadas no Instagram por operadores identificados como russos. Foram vistas por 16 milhões de usuários depois de outubro de 2016 e por cerca de quatro milhões antes dessa data, segundo Stretch, que advertiu que os dados de antes de outubro de 2016 era menos precisos.

Os 20 milhões de usuários do Instagram nos Estados Unidos se somam aos 126 milhões do Facebook, que a empresa reportou previamente, e que viram em seus fluxos de notícias artigos criados pela empresa russa Internet Research Agency, vinculados à Inteligência russa, para influenciar as eleições nos Estados Unidos.

Twitter e Google também participaram da audiência, prestando contas a senadores incomodados pelo que consideram uma resposta tardia dos gigantes da Internet para lutar contra contas falsas e robôs operados pela Rússia, ou potencialmente por outros países.

Quase um ano depois das presidenciais dos Estados Unidos, as empresas de redes sociais estão começando a fornecer dados sobre essas campanhas destinadas a incidir no resultado eleitoral.

Twitter e Facebook assinalaram, no entanto, que essas notícias falsas representam somente uma pequena parte de todo o conteúdo publicado.

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