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Russo que acusou Apple por fazê-lo "virar gay" desiste de processo

Autor da ação disse que criptomoeda "GayCoin" foi enviada por engano e teria estimulado russo a ter relações com homens

Apple: autor da ação havia pedido uma indenização de cerca de US$ 15 mil por danos morais e psicológicos (Zhang Peng/LightRocket/Getty Images)

Apple: autor da ação havia pedido uma indenização de cerca de US$ 15 mil por danos morais e psicológicos (Zhang Peng/LightRocket/Getty Images)

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AFP

Publicado em 17 de outubro de 2019 às 10h32.

Um russo que havia entrado com um processo contra a Apple por danos morais, argumentando que um aplicativo do iPhone o tornou homossexual, retirou sua denúncia nesta quinta-feira depois de uma primeira audiência em Moscou, a fim de preservar seu anonimato.

O autor da ação havia pedido uma indenização de cerca de US$ 15 mil por danos morais e psicológicos, depois de ter recebido uma criptomoeda chamada "GayCoin" por meio de um aplicativo do smartphone, no lugar dos bitcoins que havia comprado.

Após uma primeira audiência realizada a portas fechadas e na qual o denunciante não esteve presente, a advogada anunciou que seu cliente retirava a denúncia em razão do interesse midiático.

"Concluímos que era necessário encerrar o caso, porque a próxima audiência seria pública e suas informações pessoais seriam divulgadas", afirmou a advogada à AFP.

Em sua denúncia, o homem explicava que fez o download de um aplicativo de criptomoedas na Apple Store e recebeu uma transferência de 69 "GayCoins" com uma mensagem que dizia "Não julgue antes de testar".

"Decidi testar as relações sexuais. Dois meses depois, iniciei uma relação íntima com uma pessoa de mesmo sexo e agora não consigo voltar atrás", explicou.

"Tenho um namorado estável e não sei como explicar isso a meus pais. Minha vida mudou para pior e nunca mais voltará a ser normal", acrescentou.

Os representantes da Apple na Rússia ainda não responderam aos contatos da AFP.

A Rússia se caracteriza pela homofobia e pelos frequentes ataques contra membros da comunidade LGTBIQ.

Em 2013, foi aprovada uma lei contra "a propaganda gay".

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