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Rússia exibe tanque de guerra de última geração em desfile do Dia da Vitória

O Dia da Vitória é o feriado secular mais importante da Rússia, quando se recorda a participação da União Soviética na Segunda Guerra Mundial e se destaca um retrato do país como uma força de paz e segurança

Tanque Armata (Getty Images)

Tanque Armata (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2015 às 07h01.

A Rússia exibiu novas máquinas de guerra, incluindo um tanque altamente sofisticado, no desfile anual do Dia da Vitória pela Praça Vermelha. O evento marca a rendição da Alemanha nazista e a participação do Exército Vermelho na Segunda Guerra Mundial.

O tanque Armata recebeu uma forte rodada de aplausos neste sábado, enquanto passava pela praça, em um desfile que mostrava equipamentos usados desde a Segunda Guerra Mundial até os dias atuais. Também em exibição pela primeira vez estava o lançador RS-24 Yars ICBM, juntamente com vários veículos novos e menores.

O Armata é considerado por alguns analistas militares como o tanque que supera os armamentos ocidentais. Ele é o primeiro a ter uma cápsula blindada interna em torno da sua tripulação de três homens e uma torre controlada remotamente com um sistema de carregamento automático.

Ao todo, cerca de 200 peças de equipamento militar e 16.500 soldados participaram do desfile, que concluiu com um voo de aeronaves militares. Um grupo de jatos voou por cima da plateia em uma formação que descrevia o número 70.

O Dia da Vitória é o feriado secular mais importante da Rússia, quando se recorda a participação da União Soviética na guerra e se destaca um retrato do país como uma força de paz e segurança. O desfile deste ano, no 70º aniversário da rendição, marcou a maior parada militar desde o colapso da União Soviética.

Em seu discurso para as tropas e veteranos, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a carnificina da guerra ressaltou a importância da cooperação internacional, mas, "nas últimas décadas, temos visto tentativas de criar um mundo unipolar". Essa frase é muitas vezes usada pela Rússia para criticar o suposto objetivo dos Estados Unidos para dominar assuntos mundiais.

O evento foi marcado também pela ausência quase completa de líderes europeus na cerimônia. A chanceler alemã, Angela Merkel, deve chegar em Moscou no domingo, em visita que incluirá o reconhecimento dos sacrifícios do Exército Vermelho.

O posicionamento frio dos líderes europeus sublinha as tensões entre a Rússia e o Ocidente diante da crise na Ucrânia. Como as sanções do Ocidente sobre a Rússia continuam em vigor, a Rússia tem se afastado cada vez mais da Europa e se concentrado no desenvolvimento de relações com a China.

O presidente chinês, Xi Jinping, foi o líder mundial mais importante a assistir ao desfile do Dia da Vitória. Em seu discurso, Putin ressaltou o papel da China na guerra ao apontar que, como a União Soviética, o país asiático "perdeu muitos, muitos milhões de pessoas".

Em geral, um ar de ressentimento se mistura com a comemoração anual da derrota nazista, uma vez que os russos frequentemente reclamam que o Ocidente desvaloriza o papel do Exército Vermelho e ainda tenta reescrever a história.

O presidente egípcio, Abdel-Fattah el-Sissi, que se reuniu com Putin após o desfile, ecoou essa perspectiva. "Ninguém pode negar o papel que a Rússia, a União Soviética, teve na luta com o nazismo e a história nunca vai esquecer", disse ele.

Fonte: Associated Press.

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