Tecnologia

Robô retirará barras de combustível do reator 3 de Fukushima

A companhia tecnológica japonesa Toshiba realizou nesta segunda-feira uma demonstração do aparelho na cidade de Yokohama


	Fukushima: a máquina possui dois braços robóticos capazes de pegar e cortar resíduos, e outro braço para agarrar as barras
 (Toru Yamanaka / AFP)

Fukushima: a máquina possui dois braços robóticos capazes de pegar e cortar resíduos, e outro braço para agarrar as barras (Toru Yamanaka / AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 10h18.

Tóquio - Um robô operado por controle remoto retirará as barras de combustível do reator número 3 da usina nuclear de Fukushima, onde os níveis de radiação atuais impedem que um humano realize essa tarefa.

A companhia tecnológica japonesa Toshiba, fabricante do robô e construtor da usina, realizou nesta segunda-feira uma demonstração do aparelho na cidade de Yokohama, ao sul de Tóquio.

A máquina, em forma de guindaste, possui dois braços robóticos capazes de pegar e cortar resíduos, e outro braço especialmente desenhado para agarrar as barras, revelou a companhia.

A máquina está equipada com uma série de câmeras que permitirão aos trabalhadores observar os trabalhos de retirada de múltiplos ângulos e controlar melhor as distâncias para evitar acidentes.

A previsão é que os trabalhos para retirar 566 barras de combustível do reator comecem em algum momento do ano fiscal de 2017, que no Japão começa em 1 de abril.

Em dezembro de 2014 a proprietária da central, Tokyo Electric Power (TEPCO), terminou de retirar as 1.535 barras de combustível da piscina do reator número 4 da central com a supervisão direta dos trabalhadores.

Ao contrário deste reator, que estava apagado durante o terremoto e tsunami de 11 de março de 2011, e onde não foram registrados altos níveis de radiação, o reator número 3 foi danificado por uma explosão de hidrogênio que levou a uma fusão parcial nos dias posteriores, espalhando substâncias radioativas.

Por isso este processo agora "será mais complicado, já que terá que ser completamente feito de forma remota", indico um porta-voz da TEPCO ao jornal "Japan Times".

A companhia disse que espera reduzir eventualmente os níveis de radiação até 1 milisievert por hora, taxa ainda muito elevada para realizar trabalhos de longo prazo e muito acima do limite recomendado de 0,11 msv/h.

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