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Remessa global de celulares cai ao menor nível da pandemia

O trimestre encerrado em junho registrou uma queda de 9%, com cerca de 290 milhões de unidades

Fábrica de smartphone em Ganzhou, na China: linhas de montagem ociosas (Zhu Haipeng/Getty Images)

Fábrica de smartphone em Ganzhou, na China: linhas de montagem ociosas (Zhu Haipeng/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 1 de agosto de 2022 às 10h37.

As remessas globais de smartphones caíram para o menor número trimestral em dois anos, depois que a confiança do consumidor foi minada por temores de inflação e recessão.

O trimestre encerrado em junho registrou uma queda de 9%, com cerca de 290 milhões de unidades, segundo os pesquisadores de mercado Canalys e Counterpoint. Fornecedores chineses lideram as quedas.

Os lockdowns contra a Covid-19 em Xangai e Pequim afetaram as vendas domésticas na China e agora o mercado global é desafiado por um excesso de dispositivos a preços mais baixos e consumidores relutantes, concluíram analistas.

“A escassez na cadeia de suprimentos deixou de ser o problema mais urgente, pois os pedidos de componentes estão sendo cortados rapidamente e os fornecedores começaram a se preocupar com o excesso de oferta”, escreveu Toby Zhu, analista da Canalys, em relatório. “Questões geopolíticas, queda na confiança do consumidor e inflação alta continuarão a prejudicar o desempenho futuro do mercado, apesar dos próximos lançamentos e vendas do festival no segundo semestre de 2022.”

A Samsung rebaixou suas previsões para um crescimento leve ou estável no mercado de telefonia móvel no segundo semestre, conforme os resultados financeiros divulgados pela empresa sul-coreana na quinta-feira.

A cautela em relação à demanda mais fraca ecoou na teleconferência pós-balanço da Apple, em que o CEO Tim Cook citou ventos macroeconômicos desfavoráveis, a pausa nas vendas na Rússia e as interrupções de produção na China como razões para o fraco desempenho dos produtos Apple Watch e Mac no trimestre.

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