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Relatório não pede que pessoas parem de comer carne, diz OMS

O relatório foi produzido a partir de pesquisa sobre a ligação entre o consumo de carne vermelha e processada e a incidência da enfermidade em seres humanos


	Bacon em tiras: O objetivo é colocar as carnes processadas e vermelha em perspectiva, dentro de uma dieta que, no geral, é tida como saudável
 (Thinkstock)

Bacon em tiras: O objetivo é colocar as carnes processadas e vermelha em perspectiva, dentro de uma dieta que, no geral, é tida como saudável (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2015 às 15h34.

São Paulo - A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu comunicado esclarecendo que o relatório da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC) não pede para que pessoas parem de comer carnes processadas.

Na nota, a instituição ressalta que o documento indica que "reduzir o consumo destes produtos pode minimizar os riscos de câncer colorretal".

O relatório foi produzido a partir de pesquisa sobre a ligação entre o consumo de carne vermelha e processada e a incidência da enfermidade em seres humanos.

"A avaliação da IARC confirma a recomendação feita pela OMS em 2002 no relatório 'dieta, nutrição e a prevenção de doenças crônicas', que aconselha pessoas a moderarem o consumo de carne em conserva para reduzir o risco de câncer", afirma a organização internacional.

A OMS ressalta que dispõe de um grupo de especialistas que avaliam regularmente as ligações entre dietas e enfermidades e que no início de 2016 os estudiosos vão estudar implicações para a saúde pública à luz das últimas pesquisas.

O objetivo é colocar as carnes processadas e vermelha em perspectiva, dentro de uma dieta que, no geral, é tida como saudável.

O fato de que a pesquisa da OMS isolava o hábito de consumo e o ligava ao câncer foi criticado por produtores nos Estados Unidos. A Associação Nacional da Carne Bovina e dos Pecuaristas (NCBA, na sigla em inglês) buscou pesquisadores para contestar o resultado.

"Dadas as fracas associações em estudos em humanos e a falta de evidências em pesquisas com animais, é difícil reconciliar com o voto do comitê", afirma o toxicologista nutricional, James Coughlin, em nota da NCBA.

"Dos mais de 900 itens que a IARC analisou, incluindo café, luz solar e jornadas de trabalho noturnas, eles encontraram apenas um elemento que 'provavelmente' não causa câncer, segundo o seu próprio sistema de classificação", acrescenta.

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