A Neoris, consultoria de negócios, concluiu uma pesquisa que identifica as melhores práticas de relações com investidores (RI) via internet de empresas brasileiras com capital aberto. O objetivo foi "mapear as principais iniciativas e indicando as empresas que mais se destacam".

Entre novembro de 2001 e janeiro de 2002, foram entrevistadas 119 empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), com capital social superior a R$ 300 milhões, nas áreas de telecomunicações, recursos naturais, manufatura e serviços financeiros.

Os dados da pesquisa mostram que a utilização da Web para o relacionamento com o investidor ainda não está madura no Brasil. Pelo menos levando em consideração os princípios éticos que definem relação com investidores:

1. Transparência

- 15% não têm website;

- 34% possuem área específica de RI em seus websites;

- 52,9% oferecem serviços de RI pela web, seja por meio de área específica dentro do website ou não;

- apesar da grande variedade de serviços listados, apenas Demonstrações Financeiras e Annual Report Online são oferecidos em mais de 60% dos websites com algum tipo de serviço de RI.

2. Confiabilidade das informações e respeito ao acionista minoritário:

- 7,9% das 63 empresas que oferecem RI via web demonstram a política de RI da

empresa;

- 11,1% desse total disponibilizam os nomes dos principais analistas;

- 14,3% apresentam o parecer de auditores independentes;

- 15,9% disponibilizam as regras de governança corporativa, que norteiam as relações entre os agentes econômicos (acionistas, executivos, conselheiros) e têm influência direta na performance das ações;

- 44% da amostra de empresas de serviços financeiros não oferece nenhum serviço de RI pela web.

- das 63 empresas que possuem alguma funcionalidade de RI em seus websites,

apenas 33% disponibilizam últimas notícias e 31,7% cotações online. Ou seja, ainda é dada pouca ênfase para informações em tempo real.

3. Contribuição para o desenvolvimento do mercado de capitais:

- entre as empresas que possuem RI na internet, 33% publicam últimas notícias e 31,7% cotações online. Ou seja, ainda é dada pouca ênfase para informações em tempo real.