Tecnologia

Reino Unido vai bloquear acesso eletrônico à pornografia

Provedores britânicos serão programados para bloquear acesso à páginas pornográficas, que só poderão ser acessadas se internautas desativarem filtros


	Primeiro-ministro britânico, David Cameron: ação visa combater a pornografia ilegal (como a infantil) e impedir o acesso de menores ao material adulto
 (Andrew Winning/Reuters)

Primeiro-ministro britânico, David Cameron: ação visa combater a pornografia ilegal (como a infantil) e impedir o acesso de menores ao material adulto (Andrew Winning/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2013 às 14h48.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou nesta segunda-feira que os provedores de internet dos países britânicos serão programados para bloquear o acesso à páginas pornográficas e os internautas só poderão acessá-las caso desativem esses filtros.

Dentro de um plano para combater a pornografia ilegal (como a infantil) e impedir o acesso dos menores ao material adulto, o governo obrigará os provedores de banda larga a incluir estes filtros já no final deste ano para os novos clientes, enquanto os atuais receberão os filtros para instalação.

Cameron anunciou também que será ilegal na Inglaterra e no País de Gales a posse de pornografia que mostre violência em relação à mulher, como já acontece na Escócia.

Em seu discurso, o chefe do governo disse que a pornografia está "corroendo a infância".

"Não quero ser moralista ou assustar, mas sinto, como político e como pai, que chegou o momento de atuar", afirmou.

Os provedores de internet também deverão bloquear as buscas com certas palavras-chave que ele definiu como "horríveis", de modo que não apareçam resultados quando forem buscadas.

Cameron acusou os buscadores online de "não fazer o suficiente" para reduzir o acesso às páginas que ele considera inaceitáveis, o que é "sua obrigação moral".


Neste sentido, pediu que as empresas cumpram com as reivindicações do governo, pois, caso contrário, será criada uma legislação para obrigá-las.

Outra exigência é que os provedores incluam janelas de advertência, com números de telefone de ajuda, que abram quando o internauta tentar acessar um conteúdo ilegal.

Um porta-voz do Google assegurou que a empresa tem "tolerância zero" para conteúdo de pornografia infantil e, quando algo do gênero é descoberto, a resposta é rápida "para eliminá-las e informar" as autoridades.

A diretora da coalizão "Fim da violência contra a mulher", Holly Dustin, ficou satisfeita com a proibição da pornografia baseada na violência e pediu que sejam tomadas medidas que garantam o cumprimento da lei.

No entanto, o ex-diretor do centro contra a exploração infantil e para a proteção na internet, Jim Gamble, declarou que as iniciativas do governo são insuficientes e que deve ser atacada "a raiz do problema da pornografia ilegal, prendendo os responsáveis por criá-la".

"Precisamos de uma verdadeira dissuasão, não de uma janela de advertência da qual os pedófilos vão dar risada", afirmou, lembrando que eles não costumam encontrar o material aberto pela internet, mas através de seus próprios círculos.

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