Tecnologia

Reino Unido multa Facebook por fraca proteção durante referendo do Brexit

Multa preliminar de US$ 664 mil, a máxima permitida nesse caso, foi aplicada pela falta de forte proteção de dados em 2016, durante referendo

Mark Zuckerberg: em resposta, a rede disse que "deveria ter feito mais para investigar as denúncias sobre a Cambridge Analytica e tomado providências em 2015". (Stephen Lam/Reuters)

Mark Zuckerberg: em resposta, a rede disse que "deveria ter feito mais para investigar as denúncias sobre a Cambridge Analytica e tomado providências em 2015". (Stephen Lam/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de julho de 2018 às 23h15.

- O Facebook recebeu ontem sua primeira multa por ter permitido o uso ilícito de dados pessoais de 87 milhões de usuários da rede social pela consultoria Cambridge Analytica. Órgãos reguladores do Reino Unido anunciaram uma multa preliminar de cerca de US$ 664 mil - a máxima permitida nesse caso.

De acordo com a autoridade independente de proteção de dados do Reino Unido, a multa foi aplicada após a descoberta que o Facebook não tinha uma proteção de dados forte em 2016 e ignorou sinais que poderiam levar a empresa a impedir que a Cambridge Analytica tentasse manipular a opinião pública durante o referendo sobre o Brexit em 2016.

A divulgação da multa e dos motivos para aplicá-la rompe com o método adotado pela autoridade britânica, que usualmente não revela suas descobertas iniciais sobre os casos em investigação. O órgão avisou que deve anunciar nova atualização sobre o caso em outubro.

Por meio de comunicado enviado à imprensa, a diretora global de privacidade do Facebook, Erin Egan, disse que a empresa "deveria ter feito mais para investigar as denúncias sobre a Cambridge Analytica e tomado providências em 2015".

A aplicação da multa representa a primeira grande repercussão negativa para o Facebook do escândalo sobre o uso ilícito de dados pessoais de usuários da rede social pela Cambridge Analytica.

Desde que as revelações sobre o caso vieram à tona, em março, o Facebook virou alvo de críticas e seu fundador e presidente executivo, Mark Zuckerberg, foi convocado a depor tanto no Congresso americano como no Parlamento Europeu. Além disso, investigações sobre a empresa nos EUA foram intensificadas. Contudo, houve poucas consequências práticas.

Acompanhe tudo sobre:Cambridge AnalyticaFacebookFraudesReino Unido

Mais de Tecnologia

ChatGpt fora do ar? IA tem instabilidade neste sábado, 26

Spotify vai aumentar preço das assinaturas a partir de junho, diz jornal

Como antecipado pela EXAME, Apple amplia produção de iPhones no Brasil

Apple vai deslocar produção da maioria dos iPhones vendidos nos EUA para Índia até fim de 2026