Tecnologia

Reguladores da UE miram normas de privacidade do Google

No ano passado, o Google consolidou as 60 normas de privacidade em uma norma unificada, combinando dados recolhidos sobre usuários de todos os serviços


	Google: a decisão é o mais recente desdobramento de um conflito entre o gigante das buscas e as autoridades europeias de proteção da privacidade
 (Divulgação)

Google: a decisão é o mais recente desdobramento de um conflito entre o gigante das buscas e as autoridades europeias de proteção da privacidade (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 14h44.

Bruxelas - As autoridades de proteção à privacidade da União Europeia anunciaram nesta segunda-feira que planejam agir contra o Google até a metade do ano, em função de suas normas de privacidade, que permitem que o serviço de buscas unifique dados de usuários de todas as suas subsidiárias, que variam do YouTube ao Gmail.

A decisão é o mais recente desdobramento de um conflito entre o gigante das buscas e as autoridades europeias de proteção da privacidade, que consideram as normas de privacidade adotadas em março pelo Google como "altamente arriscadas", ainda que não as tenham declarado ilegais.

As autoridades regulatórias consideram que unificar os dados de usuários de diferentes serviços pode representar risco severo para a privacidade individual.

No ano passado, o Google consolidou as 60 normas de privacidade de seus serviços individuais em uma norma unificada, combinando dados recolhidos sobre usuários de todos os seus serviços, que incluem o YouTube, Gmail e a rede social Google+. Os usuários não têm o direito de rejeitar essa unificação de dados.


Em outubro, as 27 autoridades nacionais de privacidade de dados da União Europeia deram ao Google um prazo de quatro meses para mudar de abordagem, mencionando 12 "recomendações práticas" para que a empresa alinhasse suas normas de privacidade às normas europeias.

Na segunda-feira, a autoridade francesa de proteção da privacidade, que no ano passado conduziu um inquérito inicial sobre as novas normas do gigante da tecnologia, anunciou que conduziria nova investigação, porque o Google ainda não havia atendido às suas preocupações.

"O Google não ofereceu nenhuma resposta precisa e efetiva", afirmou a CNIL, a autoridade regulatória francesa. "Nesse contexto, as autoridades europeias de proteção à privacidade têm o compromisso de agir e de continuar suas investigações. Portanto, propõem criar um grupo de trabalho, liderado pela CNIL, a fim de coordenar sua reação, que pode acontecer antes da metade do ano".

O Google afirmou ter respondido à CNIL em 8 de janeiro, listando medidas já tomadas para atender às queixas.

"Nós estamos engajados no processo com a CNIL, e continuaremos a fazê-lo", disse o porta-voz Al Verney.

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