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Regulador da UE quer mais concessões do Google

Buscador terá que fazer mais concessões para encerrar uma investigação sobre suposto abuso de posição dominante no mercado de pesquisas


	Tela aberta na página do Google: companhia até agora melhorou três vezes sua proposta em resposta às acusações de Microsoft
 (Philippe Huguen/AFP)

Tela aberta na página do Google: companhia até agora melhorou três vezes sua proposta em resposta às acusações de Microsoft (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 20h07.

Bruxelas - O Google terá que fazer mais concessões para encerrar uma investigação de quatro anos na Europa sobre suposto abuso de posição dominante no mercado de pesquisas na internet e de publicidade depois de um retorno extremamente negativo de concorrentes sobre sua oferta atual, disse a Comissão Europeia nesta segunda-feira.

O movimento, no entanto, levanta dúvidas sobre se o Comissário Europeu da Concorrência, Joaquin Almunia, será capaz agora de resolver o caso nos dois meses remanescentes de seu mandato.

O Google até agora melhorou três vezes sua proposta em resposta às acusações de Microsoft, editoras europeias e competidores em todo o continente, segundo as quais a gigante das buscas estaria deixando-os de lado em pesquisas online e impedindo que anunciantes migrem para plataformas de competidores.

Na semana passada, os concorrentes aumentaram a pressão sobre Almunia para demandar mais concessões, dizendo que o acordo proposto em fevereiro foi catastrófico para eles, uma vez que estabelecia a participação de mercado do Google em mais de 80 por cento na Europa.

Nos últimos dois meses, 18 companhias responderam à intenção declarada de Almunia de rebater suas queixas.

"Em resposta às nossas cartas, os queixosos apresentaram novos argumentos e dados, alguns dos quais devem ser levados em consideração. Estamos agora em contato com o Google para ver se eles estão prontos para oferecer soluções", disse o porta-voz da Comissão, Antoine Colombani.

Ele se recusou a dizer se havia um prazo para o Google responder.

O porta-voz do Google, Al Verney, disse: "continuamos a trabalhar com a Comissão Europeia para resolver os problemas levantados por eles."

O presidente do Conselho do Google, Eric Schmidt, defendeu a empresa em uma carta no Financial Times no sábado, dizendo que há muita concorrência no mercado e que seu serviço de buscas na Internet foi construído para os usuários, e não para sites.

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