Mark: Zuckerberg afirmou no tribunal lotado que as acusações são falsas (Getty Images)
Reuters
Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 20h32.
Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 09h22.
O presidente-executivo do Facebook, Marck Zuckerberg, testemunhou em um tribunal de Dallas, nos Estados Unidos, nesta terça-feira, e negou uma alegação de uma empresa rival de que a tecnologia de realidade virtual da unidade Oculus, adquirida pela rede social, foi roubada.
Zuckerberg, que usou um terno escuro e gravata em vez da tradicional camiseta e calça jeans, rebateu acusações do advogado da editora de videogames ZeniMax Media.
A ZeniMax processou a Oculus em 2014, quando o Facebook estava em processo de compra da startup por 2 bilhões de dólares. A editora afirmou que a Oculus conseguiu acesso ilegal à propriedade intelectual da ZeniMax enquanto estava desenvolvendo o sistema de realidade virtual que inclui o headset Rift.
Zuckerberg afirmou no tribunal lotado que as acusações são falsas. "Os produtos Oculus são baseados em tecnologia da Oculus", afirmou o presidente do Facebook.
Ao ser questionado pelo advogado da ZeniMax Tony Sammi, o bilionário de 32 anos descreveu os investimentos do Facebook em realidade virtual. Zuckerberg afirmou que a compra da Oculus incluiu não apenas o preço de 2 bilhões de dólares, mas também 700 milhões de dólares para manter funcionários e 300 milhões de dólares em pagamentos de bônus por cumprimento de metas.
Zuckerberg afirmou que o acordo com a Oculus foi concluído durante um fim de semana de 2014 e que na época ele não estava ciente das acusações contra a Oculus.
"É muito comum quando você anuncia um grande acordo que pessoas simplesmente apareçam afirmando que detêm parte do negócio", disse Zuckerberg.
O processo, que está em seu sexto dia de julgamento, refere-se em parte ao programador John Carmack.
Conhecido por ajudar a conceber videogames como "Quake" e "Doom", Carmack trabalhou para a id Software antes da companhia ser comprada pela ZeniMax. Ele é atualmente o vice-presidente de tecnologia da Oculus.
Zuckerberg negou que Carmack tenha usado código de programação de seu emprego anterior para ajudar a Oculus de maneira injusta. "Não há código compartilhado no que fazemos", disse o presidente do Facebook.