Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 09h00.
Como dito acima, o Razer Blade tem um acabamento primoroso. Além de ser bonito, o que já é motivo de comemoração para a categoria, o design proporciona uma jogatina confortável. Por ser fino, gera um bom apoio para as mãos. Pelo trackpad ser deslocado para a lateral, esbarrões acidentais ou mesmo qualquer incômodo pela mudança de textura não fazem parte da rotina desse notebook.
Por outro lado, o uso do trackpad lateral pode causar transtornos. Durante nossos testes no INFOlab, a busca pelo mouse na posição habitual era rotineira. Levou bastante tempo para nossos gamers se habituarem ao processo. Depois de vencida a barreira da falta de familiaridade, o sistema merece reconhecimento. Além de ser visualmente muito interessante, o trackpad reconhece muito bem os toques e conta com alguns truques na manga. Além de se transformar em um painel de notificações em alguns jogos, dá para acessar o Facebook, YouTube ou mesmo navegar pela web enquanto você elimina seus inimigos.
Além disso, a pequena tela pode assumir as funções pré-definidas de calculadora, cronômetro e outras. A configuração é feita pelo software Synapse 2.0. Por ele é possível gerenciar as opções do trackpad e também dos 10 botões OLED dispostos logo acima da pequena tela. Atalhos podem ser programados conforme o desejo do usuário, além de funções específicas em alguns jogos. Até o momento, os títulos compatíveis são: Star Wars: The Old Republic, Rift, Mass Effect 3, Firefall, Dragon Age Origins e Battlefield 3.
O teclado tradicional, com teclas retroiluminadas e bem espaçadas, perde pontos pelo layout no padrão norte-americano. Isso se traduz em uma digitação não muito confortável quando for necessário trabalhar com a máquina. Para jogar, o único problema são as teclas direcionais muito pequenas. É necessário configurar o game para outros botões mais confortáveis. Uma dica é utilizar os botões OLED acima do trackpad.
Infelizmente, o Razer Blade chegou tarde ao Brasil. Equipado com um processador Core i7, mas de família Sandy Bridge, ele confia na Nvidia GT 555M que, mesmo com 2 GB de memória dedicada, já não se equipara às placas mais atuais, como as GTX 675M, que equipam o Avell G1511 e o MSI GT70. Por esse motivo, os jogadores mais entusiastas e exigentes podem achar o preço de 9.999 reais para uma máquina já desatualizada um tanto exagerado. Mas o Blade ainda tem muito a oferecer.
Com um SSD de 256 GB e 8 GB de RAM, ele cravou 4.038 pontos no PC Mark 07, que mede o desempenho geral da máquina simulando tarefas do dia a dia. O resultado superou inclusive os outros modelos para gamers testados recentemente pelo INFOlab.
Benchmark PCMark 7 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
MacBook Pro Retina
Razer Blade
Avell G1511
MSI GT70
Benchmark 3DMark 11 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
Avell G1511
MacBook Pro Retina
Razer Blade
Já no 3D Mark 11, que mede o desempenho da máquina com gráficos, o resultado é diferente. A máquina marcou 1.564 pontos. São 2.007 pontos a menos do que o MSI GT70. Na prática, isso se traduz em menos poder de fogo na hora de encarar games mais exigentes. Para rodar Crysis com todas as opções no máximo, foi necessário suportar a taxa de 22 fps, um resultado impraticável para qualquer game. Para atingir mais de 30 fps foi necessário reduzir a qualidade geral e desativar o antialiasing.
Com acabamento fosco e 1.920 por 1.080 pixels, a tela de 17,3 polegadas oferece bastante qualidade. Seja para jogar ou curtir vídeos, o nível de brilho é intenso e há bastante fidelidade nas cores. Infelizmente, não há drive óptico. É necessário confiar no DLNA ou em um HD externo para acessar sua biblioteca (isso se ela for digitalizada, é claro).
O Razer Blade conta com o software Dolby Home Theater v4. Apesar de ser um dos melhores programas de equalização que já passaram pelo INFOlab, ele não tem de onde tirar força. O volume dos alto-falantes não oferece força suficiente, além de contar com graves tímidos e pouca definição. O jeito é confiar em um bom par de fones de ouvido.
Tela | 17,3 |
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Processador | Intel Core i7-2640M 2,6 GHz (Sandy Bridge) |
RAM | 8 GB |
Armazenamento | SSD de 256 GB |
GPU | Nvidia GT 555M 2 GB |
Peso | 2,9 kg |
Duração de bateria | 1h10min |
Prós | Design; painel lateral com teclas OLED; |
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Contras | Placa de vídeo e processador de geração passada; |
Conclusão | Equipamento para jogadores que procuram um equipamento atraente e bem equilibrado, mas não buscam desempenho máximo. |
Configuração | 8,8 |
Áudio e vídeo | 8,5 |
Usabilidade | 9 |
Design | 8,6 |
Bateria | 6,9 |
Média | 8.5 |
Preço | R$ 9.999 |