Rappi: empresa captou mais de 1,7 bilhão de dólares desde 2015 (Getty Images/Getty Images)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 25 de setembro de 2020 às 17h59.
Última atualização em 25 de setembro de 2020 às 18h49.
A Rappi levantou mais de 300 milhões de dólares em uma nova rodada de captação que contou com a participação de fundos internacionais, como o americano T. Rowe Price Associates. Com o novo aporte, a plataforma colombiana que atua com a entrega de refeições, itens de supermercado e até compras em farmácias e petshops, já captou mais de 1,7 bilhão de dólares.
A notícia foi divulgada inicialmente pela agência de notícias Reuters, que lembrou que a companhia havia informado, no dia 18 de setembro, em comunicado para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) a intenção de captar 350 milhões de dólares em uma nova rodada de investimento.
O valor exato do investimento e os nomes de todos os envolvidos no aporte ainda não foram divulgados. Em nota, a companhia apenas confirmou que o valor é superior a 300 milhões de dólares. e citou a participação do fundo T. Rowe Price Associates.
“É uma grande satisfação trabalhar com este time de investidores que confia no nosso modelo de crescimento”, informou a Rappi em um comunicado enviado à EXAME. A companhia não especificou o que pretende fazer com o dinheiro captado, mas a expectativa é que o valor seja revertido para impulsionar os negócios nos nove países em que a companhia atua na América Latina.
De certo é que a mais nova injeção de capital na operação da Rappi dá ainda mais fôlego para a empresa na disputa pelo mercado brasileiro. No Brasil, a companhia tem como principais rivais o iFood, da Movile, também avaliado em mais de 1 bilhão de dólares, e o Uber Eats. A Rappi, porém, oferece um leque maior de opções em sua plataforma do que suas concorrentes.
Nos últimos meses, a companhia passou a investir mais na diversificação de serviços ofertados dentro de sua plataforma. Com o objetivo de se transformar em um superaplicativo, a Rappi adicionou o streaming de lives (com compras embutidas) e a venda de passagens dentro do aplicativo.
Fundada em Bogotá, na Colômbia, ainda em 2015 por Felipe Villamarin, Sebastian Mejia e Simon Borrero, a Rappi alcançou o status de unicórnio ainda em 2018. No fim de junho, a companhia estava avaliada em 3,5 bilhões de dólares, acordo com a consultoria alemã Statista. Com mais um aporte, a Rappi deve aumentar seu valor de mercado.