Range Rover Sport: o Range Rover Sport avança, acelera, freia e realiza giros em U com o motorista caminhando ao lado do SUV (George Sharman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2015 às 10h31.
Munique - A Jaguar Land Rover está testando um SUV que usa um aplicativo de smartphone para atravessar córregos e trafegar sobre terrenos rochosos.
Trata-se de uma possível contribuição às tecnologias automotivas que não exigem uma pessoa no volante.
O Range Rover Sport avança, acelera, freia e realiza giros em U com o motorista caminhando ao lado do SUV para ajudá-lo a transpor terrenos rochosos ou íngremes.
Longe das áreas remotas, os motoristas podem usar o aplicativo para guiar o veículo ao entrar ou sair de uma vaga apertada de estacionamento, disse a fabricante de automóveis com sede em Whitley, Inglaterra, nesta terça-feira.
“Manobrar para tirar um carro de uma vaga de estacionamento difícil pode ser uma experiência estressante para qualquer motorista”, disse Wolfgang Epple, diretor de pesquisa e tecnologia da Jaguar Land Rover, em um comunicado.
Os recursos oferecidos pelo aplicativo demonstram “como nós poderíamos usar essas novas tecnologias para reduzir as partes tediosas de dirigir e melhorar a segurança nas ruas”.
Fabricantes de veículos como a BMW AG e a Daimler AG estão adicionando recursos de piloto automático, como um assistente para congestionamentos que iguala automaticamente a velocidade do veículo à do carro da frente, assim como sistemas para evitar colisões com pedestres.
Na semana passada, a BMW, maior fabricante mundial de carros de luxo, exibiu a nova versão de seu sedã principal, o Série 7, que apresenta uma chave com tela sensível ao toque que permite estacionar, por meio de controle remoto, em vagas apertadas.
A JLR, divisão da Tata Motors Ltd. que fabrica os carros de luxo Jaguar e os SUVs Land Rover, ainda está testando o sistema e pretende instalá-lo como recurso a partir de 2020, segundo o porta-voz Nick O’Donnell. A Tata tem sede em Mumbai.
Limite de velocidade
O aplicativo de controle remoto pode ser usado apenas quando o motorista está a no máximo 10 metros do carro e a velocidade máxima será de 6 quilômetros por hora.
A expectativa é que o sistema exija apenas “pequenas” mudanças nas regras de segurança e nos seguros automotivos, porque o usuário ainda teria controle pleno do veículo, disse O’Donnell.
As fabricantes de veículos de alto padrão vêm ressaltando cada vez mais que os carros autônomos ainda serão divertidos de usar.
Rupert Stadler, CEO da Audi, segunda maior fabricante de carros de luxo, estimou na semana passada que os recursos eletrônicos e digitais se tornarão tão importantes quanto os cavalos de potência em relação ao valor do produto das fabricantes de veículos até o final da década.
“Os mesmos sensores e sistemas que vão auxiliar um carro autônomo a tomar as decisões corretas ajudarão o motorista e melhorarão a experiência para ajudar a evitar acidentes”, disse Epple.
“As tecnologias dos carros autônomos não vão acabar com o prazer de dirigir”.