iPhone da Apple: orientações em relação a Face ID e senhas (Shubhashish5/Getty Images)
Editor de Casual e Especiais
Publicado em 1 de agosto de 2025 às 17h09.
Somente na cidade de São Paulo, 19 celulares foram roubados a cada hora no ano passado. No total, foram 169.556 aparelhos, segundo o mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Smartphones têm sido um dos alvos preferenciais de roubos pelo acesso a dados privados dos usuários, como contas de banco.
Na semana passada, a Apple realizou uma sessão para jornalistas com o especialista global em segurança e privacidade da empresa. Segundo ele, “na Apple sempre acreditamos que seus dados devem ser seus e de mais ninguém. Desde suas comunicações com pessoas que você se importa, até suas informações de saúde, transações financeiras e muito mais”.
Ele compartilhou algumas dicas de segurança do iPhone e explicou o funcionamento do sistema operacional e dos aparelhos em relação à segurança.
Com o Face ID, a Apple desenvolve o que acredita ser a autenticação facial mais segura de qualquer smartphone. Os dados do Face ID não podem ser acessados pelo sistema operacional do seu dispositivo, por aplicativos em execução ou pela própria Apple. A chance de uma pessoa aleatória conseguir desbloquear o dispositivo com o próprio rosto é menor que uma em um milhão.
Se você quiser mostrar algo a alguém no seu iPhone, mas deseja ter a tranquilidade de que eles não conseguirão acessar certos aplicativos, você pode bloquear ou ocultar esses aplicativos. Depois de bloquear um aplicativo, se alguém tentar abri-lo, será necessário autenticar-se usando o Face ID, Touch ID ou o seu código de acesso.
Também é possível ocultar um aplicativo que o usuário não quer que os outros saibam que está instalado no seu dispositivo. Quando isso acontece, o aplicativo vai para uma pasta especial de aplicativos ocultos que fica bloqueada.
O Bloqueio de Ativação é um recurso que foi desenvolvido para impedir que outra pessoa use o dispositivo se ele for perdido ou roubado. Ele é ativado automaticamente quando o “Buscar” é configurado pela primeira vez e tem o objetivo de impedir que um ladrão apague e revenda seu celular, incluindo algumas partes do dispositivo.
A Proteção contra Dispositivos Roubados adiciona uma camada de segurança quando o seu iPhone está fora de locais conhecidos, como a casa ou o trabalho, e ajuda a proteger as contas e informações pessoais caso o Phone seja roubado e o ladrão também tenha descoberto seu código de acesso.
Quando a Proteção contra Dispositivos Roubados está ativada, um ladrão não pode, por exemplo, mudar a senha do Apple ID ou o código de acesso do dispositivo. Isso ocorre porque é necessário o Face ID ou o Touch ID. Portanto, mesmo que alguém tenha o código, não poderá contornar essas proteções.
O Safari foi projetado para proteger as informações e permitir que o usuário escolha o que deseja compartilhar. Ele inclui recursos de ponta para defender o usuário contra o rastreamento entre sites, oculta o endereço IP de rastreadores conhecidos e muito mais.
A Prevenção Inteligente de Rastreamento usa aprendizado de máquina para ajudar a impedir que rastreadores saibam quem são os usuários e o que eles estão interessados. O Safari também mostra quantos rastreadores ele está bloqueando, com o Relatório de Privacidade.
O Safari foi o primeiro navegador a introduzir a navegação privada. Hoje, inclui proteções avançadas contra impressões digitais para impedir que sites criem uma “impressão digital” das características do dispositivo para rastrear usuários online. No iOS 26, iPadOS 26 e macOS 26, a Apple traz a proteção avançada contra impressões digitais (que antes era limitada à Navegação Privada) para todos os usuários do Safari.
O aplicativo Senhas facilita a geração e o controle das senhas de conta em um só lugar. As senhas são armazenadas de forma segura, sincronizadas entre dispositivos com criptografia de ponta a ponta e preenchidas automaticamente em aplicativos e sites.
As senhas também alertam sobre fraquezas comuns, como no caso de a senha ser facilmente adivinhada, reutilizada em várias contas ou tiver aparecido em vazamentos de dados conhecidos.
Embora as senhas sejam o primeiro fator de autenticação, os códigos temporários de verificação ou autenticação de dois fatores geralmente são um segundo fator. O iPhone pode gerar automaticamente esses códigos de verificação sem depender de mensagens SMS ou de aplicativos adicionais.
Chegando no iOS 26, iPadOS 26 e macOS 26, o aplicativo Senhas oferece históricos. O aplicativo começará a manter um histórico de suas credenciais passadas, para que, se você precisar encontrar uma senha antiga, ela estará lá para você.
O iMessage foi desenvolvido com criptografia de ponta a ponta desde seu lançamento em 2011 para ajudar a manter as conversas privadas.
Chegando no iOS 26, os usuários poderão filtrar mensagens de remetentes desconhecidos. As mensagens de remetentes desconhecidos aparecerão em uma área dedicada, onde pode-se marcar o número como conhecido, solicitar mais informações ou excluir. Essas mensagens permanecerão silenciadas até que o usuário as aceite. E as mensagens de spam são direcionadas diretamente para uma pasta de spam dedicada.
A categorização das mensagens acontece no próprio dispositivo. Esses recursos já estão disponíveis hoje na versão beta para desenvolvedores e chegarão à versão beta pública ainda este mês.
A Filtragem de Chamadas no iOS 26 ajuda a economizar tempo ao receber uma chamada, permitindo que o usuário avalie rapidamente se a chamada é importante ou não. Com base no Correio de Voz ao Vivo, a Filtragem de Chamadas atende automaticamente chamadas de números desconhecidos, silenciosamente em segundo plano. Assim que o chamador compartilhar seu nome e o motivo da chamada, o telefone toca e o usuário pode visualizar a resposta e decidir se atende ou ignora.
Todo esse processamento acontece no dispositivo. A Filtragem de Chamadas já está disponível hoje na versão beta para desenvolvedores e será lançada na versão beta pública ainda este mês.
A Inteligência Apple, que está incorporada no iPhone, iPad e Mac para ajudar o usuário a escrever, se expressar e realizar tarefas com facilidade, foi projetada para proteger a privacidade em todas as etapas.
A pedra angular da Inteligência Apple é o processamento no próprio dispositivo. A Apple a integrou ao iPhone, iPad e Mac e em todos os seus aplicativos, de modo que ela tem acesso aos dados pessoais do usuário, sem que a Apple colete dados pessoais.
A Computação na Nuvem Privada é projetada de forma que ninguém, nem mesmo a Apple, possa ver as solicitações ou a resposta. Quando o usuário faz uma solicitação, a Inteligência Apple analisa se ela pode ser processada no dispositivo e, caso precise de maior capacidade computacional, pode usar a Computação na Nuvem Privada.
Espelhando as características de privacidade e segurança do iPhone, os dados enviados para a Computação na Nuvem Privada não são armazenados e nunca são acessíveis pela Apple. Os dados são apagados após a resposta ser retornada a você.
As proteções de privacidade também se estendem à integração da Apple com o ChatGPT de várias maneiras. Primeiro, o usuário tem a opção de ativá-lo nas Configurações. Além disso, sempre que ele enviar uma consulta ou documento para o ChatGPT, será solicitada a confirmação dessa escolha, para que o usuário nunca se surpreenda com o que está sendo compartilhado.
Por padrão, pode-se usar o ChatGPT sem uma conta, o que significa que nenhum ID Apple será fornecido à OpenAI e eles não poderão treinar seus modelos com base nas solicitações do usuário.